Trem Regional segue no papel

O governo estadual ainda aguarda aval da União para usar a faixa de domínio das ferrovias sob concessão federal para implantar o projeto do Trem Regional, que terá escala no Vale do Paraíba.

Com isso, o cronograma do Estado para a implantação do roteiro de trens que unirá regiões metropolitanas à capital está atrasado. A ideia era lançar a licitação em 2013, começar as obras no ano passado e iniciar a operação em 2016.

Tudo isso ainda depende do governo federal compartilhar com o Estado a faixa de domínio da rede ferroviária, hoje quase toda ocupada por trens cargueiros.

“Sem autorização, o Estado não pode lançar o edital, em análise pelo Conselho Gestor das Parcerias Público Privadas”, informou o governo.

A documentação do Estado foi protocolada no governo federal apenas em abril de 2014, um ano e meio após o lançamento do projeto.

O pedido foi reiterado duas vezes esse ano. A última delas em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em 24 de novembro, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cobrou do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, investimentos para diversas obras, entre elas o Trem Regional.

REGIÃO/ O trem interligará dois dos principais eixos do Estado. O primeiro entre a capital e Campinas, Americana, Jundiaí, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Santos.

O segundo ligará São Paulo a Sorocaba, São Roque, São José, Taubaté e Pindamonhangaba, passando por Jacareí.

As obras serão feitas por meio de PPP (Parceria Público-Privada) entre o governo estadual e a iniciativa privada, com custo estimado em R$ 18,5 bilhões. A duração do contrato de concessão será de 30 anos.

Com o atraso, não há ainda expectativa de quando o trecho que passará pela RMVale entrará em operação.

08/01/2016 – Gazeta de Tauabté