Resolução da STM autoriza a ViaMobilidade a assumir controle total da operação das Linhas 8 e 9 da CPTM a partir de 27 de janeiro

A STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) de São Paulo publicou no Diário Oficial deste sábado, 22 de janeiro de 2022, a Resolução nº 03 que autoriza a gestão completa das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) pela ViaMobilidade.

A Resolução marca o início da decisão para o dia 27 de janeiro de 2022, próxima quinta-feira, como noticiado pelo Diário do Transporte no final de dezembro de 2021.

A ViaMobilidade, que venceu o leilão de concessão das duas linhas metropolitanas, já assumira a operação no dia 27 de dezembro passado, mas com a gestão sob controle da CPTM.

O Consórcio ViaMobilidade 8 e 9, formado pelo Grupo CCR e pelo Ruas Investimento e Participações S/A (ligado a empresas de ônibus da capital paulista), venceu o leilão de concessão de ambas as linhas no dia 20 de abril de 2021. O Grupo fez oferta de R$ 980 milhões pela outorga fixa, o que representou ágio de 202% sobre o valor mínimo.

Segundo a STM, a transição e o trabalho entre CPTM e ViaMobilidade tiveram início logo após a assinatura do contrato, ainda no primeiro semestre de 2021.

Treinamentos, repasses e reuniões foram feitos ao longo do segundo semestre e a transferência das funções da CPTM para a concessionária começou a ganhar corpo no último bimestre. Em novembro, agentes de segurança das duas empresas começaram a operar em conjunto nas estações, assim como condutores de trens da ViaMobilidade começaram a ingressar nas L8 e 9, com a supervisão da CPTM. Desde a última segunda, 27, a operação dos trens está sob controle da ViaMobilidade. Até o dia 27 de janeiro todas as demais funções passarão para a responsabilidade da nova concessionária. – diz a nota.

As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos transportam mais de um milhão de pessoas diariamente, de acordo com a demanda anterior à pandemia.

Pelo contrato, a ViaMobilidade 8 e 9 terá que investir R$ 3,3 bilhões distribuídos nos primeiros anos da concessão, contemplando reforma de 30 estações, ampliação de seis estações (Pinheiros, Antônio João, General Miguel Costa, Osasco, Jardim Silveira e Imperatriz Leopoldina) e a construção de uma nova estação.

Também está previsto no contrato de concessão a modernização e implantação de novos sistemas de telecomunicação, repotencialização do sistema de energia e adequações nos sistemas de via permanente. Além disso, faz parte da lista das obrigações a aquisição de 34 trens novos, a renovação do pátio de Presidente Altino e investimentos para transferir as atividades de manutenção da CPTM para um novo pátio. Para operar as duas linhas, a concessionária vai precisar implementar um Centro de Controle Operacional (CCO) próprio, uma vez que as duas linhas hoje são controladas pelo CCO da CPTM no Brás.

22/01/2022 – Diário do Transporte