Resultado corresponde a um ágio de 37% em relação ao valor inicial; trilhos e sucata ferrosa de via permanente foram destaques no certame

O primeiro leilão de materiais inservíveis da CPTM em 2022, promovido na terça-feira (29/03), arrecadou um total de R$ 26,2 milhões, o que representa um ágio de 37% em relação aos R$ 19,1 milhões previstos pela companhia. Dos 103 lotes disponíveis, 97 foram arrematados.

Do valor arrecadado, a sucata ferrosa de via permanente foi responsável por R$ 15,8 milhões, ou 60% do total, confirmando o bom momento do preço do aço no mercado. Este item pode ser utilizado tanto na reciclagem para a confecção de novos produtos quanto no reaproveitamento por outras indústrias que podem utilizar o material como insumo na cadeia produtiva.

Já os trilhos ferroviários responderam por 30% do total vendido, ou R$ 7,9 milhões, e além de poderem ser utilizados no processo de reciclagem podem ser reaproveitados por operadores ferroviários que possuem requisitos de operação diferentes da CPTM.

Os dormentes de madeira, utilizados principalmente pela indústria de móveis rústicos e por segmentos que trabalham com o reúso de materiais, como o segmento de decoração, responderam por 5% do total arrecadado, ou R$ 1,3 milhão.

De acordo com o gerente de Logística da CPTM, Leandro Capergiani, o ágio do leilão mostra mais uma vez que o processo de leilões é uma referência tanto na seleção dos itens quanto na agilidade na montagem dos lotes, além da divulgação do certame, atraindo muitos interessados na aquisição desses materiais. “É importante lembrar também que os nossos leilões são operações sustentáveis, gerando a reutilização e reciclagem de materiais valiosos, o que auxilia diversos setores da economia. De forma mais ampla, o processo também contribui para a redução de consumo de energia elétrica, para a redução de emissão de CO2, aumento da vida útil dos aterros e, portanto, na preservação da água, ar e solo.”

Em 2021, a CPTM arrecadou cerca de R$ 26,6 milhões nos três leilões realizados. Em 2020, foram R$ 16,7 milhões e, em 2019, R$ 5,2 milhões com a venda de sucata. Segundo Capergiani, “o leilão de peças inservíveis permite a companhia recuperar parte do investimento, gera benefício ambiental e abre espaço para outros materiais do ciclo de substituição”, finaliza.

30/03/2022 – CPTM