O Presidente da CCR Mobilidade, Marcio Hannas; o Diretor Geral Alstom Brasil, Pierre-emmanuel Bercaire; e o Presidente do Conselho da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Flores, participaram do painel “Desafios da Mobilidade: o fornecimento no pós-pandemia”, do Summit Mobilidade Estadão, realizado em São Paulo (SP), nesta 4ª feira (31/05). O painel foi moderado pelo jornalista Maurício Oliveira, do jornal O Estado de S.Paulo, organizador do evento.
Objetivo do painel foi falar sobre um desafio que o setor de mobilidade está enfrentando no pós-pandemia.
“A falta de componentes é, sem dúvidas, uma realidade que impacta a nossa operação na área de mobilidade. Mas esse gargalo é algo que, hoje, vai muito além dos trilhos. Temos impacto direto e bastante forte também em outros tantos setores da indústria no Brasil e no mundo de forma geral, como na indústria automotiva, por exemplo”, explicou o Presidente da CCR Mobilidade.
Hannas explicou ainda que, em 2022, o setor foi bastante impactado pela falta de peças de forma geral, citando como exemplo a disponibilidade de trilhos no mercado, que impactou o cronograma de melhorias planejado para as Linhas 8 e 9 de trens metropolitanos de São Paulo, que o grupo assumiu há 16 meses. “Neste ano, estamos intensificando. A ViaMobilidade tem investimentos da ordem de R$ 4 bilhões previstos para os três primeiros anos de concessão das linhas 8 e 9 de três metropolitanos, dos quais mais de R$ 1,7 bilhão já foi investido. São investimentos direcionados à aquisição de 36 novos trens, melhorias na infraestrutura de trilhos e rede aérea, reformas das estações, entre outras tantas melhorias necessárias”.
O Diretor Geral da Alstom explicou que a falta de insumos “é uma crise global que está sendo enfrentada por todos”. Ele citou exemplos como falta de contêineres no comércio internacional e explicou que a Alstom criou um grupo para tratar sobre o tema e atuar da maneira mais eficiente para evitar impactos na sua produção.
O Presidente do Conselho da ANPTrilhos, Joubert Flores, reforçou a questão de ser uma crise mundial e explicou que isso afeta o setor metroferroviário, que necessita dos insumos para o dia a dia dos sistemas. Ele reforçou que para não afetar as operações as empresas estão buscando fornecedores, mantendo a qualidade dos serviços prestados.
Joubert explicou que a rede de transportes de passageiros sobre trilhos é pequena em relação a dimensão continental do Brasil. “Contamos hoje com 1.129,4 km de malha metroferroviária e temos muito o que crescer para te o atendimento adequado de mobilidade”. Ele explicou que a pandemia ainda repercute nas operações, com o setor transportando somenten70% dos passageiros de antes da crise sanitária. Ele explicou que o trabalho é o principal motivo de uso dos sistemas de trilhos e que as mudanças de comportamento da sociedade diante da Covid-19 impactaram na demanda de passageiros, citando como exemplos a adoção do trabalho híbrido e as pessoas fazendo mais compras pela internet.
O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do Estadão no YouTube. Assista os vídeos:
Período da manhã: https://www.youtube.com/watch?v=LcyQVxOaqfw
Período da tarde: https://www.youtube.com/watch?v=_mLGkszK0ew
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