VLT seria mais barato ao povo que carro próprio e até que ‘pirata’

O VLT, de acordo com a análise técnica divulgada, custaria mais barato ao cidadão que veículo próprio e até que transporte clandestino

12/08/2024 – Minuto MT com J1Agora

Nem moto e nem ônibus. O transporte com menor custo para o usuário no país é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), conforme apontado pela pesquisa recente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) “Mobilidade da População Urbana”.

Em Mato Grosso, o modal foi descartado pela gestão de Mauro Mendes (União), mesmo após ter consumido mais de R$ 1 bilhão de recursos públicos. Uma das alegações para a troca pelo BRT (ônibus de trânsito rápido em inglês) foi o alto custo da passagem, o que acabou desmentido oficialmente agora.

Foram comparados os custos médios desde o transporte particular até os meios públicos. Entraram nessa conta táxi, carro próprio, serviços de aplicativo, mototáxi, moto própria, transporte alternativo legalizado, ônibus, metrô, trem, transporte clandestino e o VLT.

O Veículo Leve sobre Trilhos, de acordo com a análise técnica divulgada, ficou mais barato ao usuário até que as conduções ilegais, os chamados ‘piratas’. Enquanto um passageiro gasta, em média, R$ 9,75 por dia para andar de ônibus, com o VLT esse custo cai para R$ 7,65.

Ao longo de 20 dias úteis, isso significa uma diferença de R$ 42. e em um ano representaria um pagamento de R$ 504 a mais para quem andar de ônibus. O meio de transporte mais caro mostrado no levantamento é o táxi, com R$ 45,69 por dia, seguido pelo carro próprio, com R$ 29,91.

No outro lado da tabela vem o VLT como mais barato, seguido pelo transporte clandestino, por R$ 8,30, e do trem urbano, por R$ 8,79 por dia. A maioria dos usuários, 61,8%, realizam deslocamentos em todos os dias úteis da semana.

Independentemente do tamanho da cidade, o maior motivo para o deslocamento diário é o trabalho, principalmente para as pessoas entre os 20 e 59 anos. O documento mostrou ainda que o ônibus é o transporte mais utilizado porque é a única opção disponível, segundo responderam 52,7% dos entrevistados.

“Um ponto de atenção constatado pela pesquisa consiste na quantidade de pessoas que relataram terem deixado de utilizar o transporte público por ônibus nos últimos anos. Segundo os dados, 56,9% dos participantes confirmaram que deixaram de usar totalmente o ônibus (29,4%) ou diminuíram o uso (27,5%)”,consta no relatório.

Além da questão do custo, o conforto e segurança do VLT em relação aos ônibus, inclusive os do BRT, não são sequer passíveis de comparação, sendo o modal que foi abandonado em Mato Grosso de nível muito superior.

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