Na manhã desta quinta-feira (3), Trensurb e UFRGS firmaram protocolo de intenções que estabelece cooperação técnica, científica e acadêmica por meio de ações de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços em áreas de mútuo interesse das duas instituições. O acordo irá gerar também troca de informações técnicas e desenvolvimento de projetos, estudos e serviços de forma integrada. O protocolo tem validade de cinco anos, podendo ser renovado.
Na solenidade de assinatura, ocorrida na Reitoria da URGS, representaram a Trensurb o diretor-presidente Humberto Kasper e o diretor de Operações, Roberto Damiani. Participaram da cerimônia, pela universidade, o reitor Carlos Alexandre Netto, o vice-reitor, Rui Vicente Oppermann, o diretor da Escola de Engenharia, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, e a vice-diretora da Engenharia, Carla ten Caten.
O diretor-presidente Humberto Kasper celebrou a importância da já tradicional parceria com a UFRGS para colaborar na resolução de demandas de mobilidade em Porto Alegre. “Depois de tirar do papel aquilo que era uma lenda urbana de Porto Alegre, o aeromóvel, precisamos acoplar novas tecnologias para buscar constante modernização e ampliar a eficiência do sistema. Sem falar que nosso trens novos podem ser alvo de estudos relacionados à rede aérea, à eficiência energética do sistema, à relação roda-trilho, enfim, um campo de possibilidades de pesquisa e de análises técnicas que serão possíveis”, afirma Kasper.
Para o reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Netto, a parceria com a Trensurb “evidencia o poder da Escola de Engenharia da UFRGS de contribuir a partir dos desafios apresentados, que é a concretização de umas missões da Universidade: gerar conhecimento e contribuir de forma prática para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”.
No acordo, os esforços irão se voltar à continuidade do projeto aeromóvel, com objetivo de validar e consolidar essa tecnologia. Com quase 10 anos de execução, o projeto envolve, além de Trensurb e UFRGS, as prefeituras de Porto Alegre e Canoas, a Aeromóvel Brasil S.A. e a PUCRS. A intenção é tornar o conhecimento gerado no Rio Grande do Sul alternativa de mobilidade relevante para o país.
Outro foco de atuação é retomar estudos e prospectar novas pesquisas voltadas à estrutura da operação metroviária da Trensurb, incluindo qualificação do sistema, mapeamento de cadeias de valor e estudos de conservação. “Como a estrutura já tem alguns anos, é fundamental trabalhar preventivamente para que se possa manter esse sistema operacional o maior tempo possível”, declara Luiz Carlos Pinto, diretor da Escola de Engenharia da universidade.
Nos próximos meses, será realizado um primeiro workshop de mapeamento de novas ideias para identificar quais são as ações prioritárias. “A intenção, inclusive, é que a própria estrutura da Trensurb seja utilizada como um laboratório para teste de novas tecnologias em parceria. A meta é, a partir da validação desse novo conhecimento, experimentar na prática uma alternativa para otimizar operações dos trens”, explica Pinto.