A fim de coibir ocorrências, empresa atua por meio da segurança metroviária e de forma integrada a órgãos de segurança pública, além de investir na contenção do perímetro da via.
Na tarde desta segunda-feira (23), a Direção da Trensurb recebeu os delegados Daniel Mostardeiro Cola, da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, e Maria Lúcia dos Santos, da Corregedoria Regional da Superintendência Regional de Polícia Federal no Rio Grade do Sul. Na pauta, esteve a troca de informações e a integração institucional para o combate às ocorrências de furto de cabos da Trensurb que têm prejudicado a operação do metrô gaúcho.
Sobre a reunião, o diretor-presidente Pedro Bisch Neto, afirma: “O importante é que essa troca de informações permite ajustes na condução tanto das ações da Trensurb quanto da Polícia Federal. Com esse ambiente de boa vontade, não tenho dúvida que o grande beneficiado será o bem comum”. O delegado Daniel Cola, por sua vez, declara: “É interessante a atuação conjunta entre os órgãos de segurança, Polícia Federal, Polícia Militar e guardas municipais, integração junto à Trensurb, no intuito de coibir e reprimir esses ilícitos que têm causado grande transtorno à população, não só em razão de atrasos e demais complicações, como prejuízo à própria Trensurb também com valores consideráveis ao longo dos últimos meses e anos”.
Nos últimos meses, a operação da Trensurb tem sido afetada por recorrentes casos de furtos de cabos de energia e sinalização. Conforme o diretor de Operações, Luis Eduardo Fidell, trata-se de um problema que costuma se intensificar em períodos de crise econômica e que tem sido enfrentado por operadores metroferroviários de todo o país – além de equipamentos de iluminação pública, que também são afetados pelos furtos de fios de cobre. Desde o início do ano até 15 de agosto, foram registradas 59 ocorrências de furtos de cabos da Trensurb, além de 17 situações em que a segurança metroviária e órgãos de segurança pública conseguiram impedir a atuação de suspeitos. Em todo o ano de 2020, haviam sido 21 casos de furto de cabos – e quatro ocorrências impedidas. Somente em 2021, o prejuízo financeiro com furto e danos a cabos e equipamentos de sinalização e energia chega aos R$ 420 mil – considerando-se o custo de reposição e da mão de obra necessária.
Há ainda um impacto operacional significativo, que causa atrasos ou até interrupção no serviço dos trens. É o sistema de sinalização que garante a segurança no metrô, impedindo que os trens se aproximem uns dos outros e que ultrapassem a velocidade máxima de cada trecho. Por isso, com esse sistema avariado ou inoperante, prezando sempre pela segurança dos usuários, a Trensurb opera com velocidade reduzida nos trechos afetados, impactando o tempo de viagem e até mesmo os intervalos entre as partidas das composições.
O diretor Fidell relata que, buscando coibir os furtos, a Trensurb está atuando por meio da segurança metroviária e integrada aos órgãos de segurança pública – Polícia Federal, Polícia Civil e Brigada Militar. Estão sendo feitas rondas constantes e trabalho de inteligência, tendo inclusive ocorrido algumas detenções. Além disso, há ações de contenção de perímetro, incluindo a instalação de concertina e tela em trechos mais críticos.
23/08/2021 – Trensurb