A Diretora Executiva da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta Marchesi, participou do painel “Transportes Estruturantes nas Cidades: Na visão das Entidades Nacionais”, juntamente com o Presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otavio Vieira da Cunha Filho, na 3ª feira (24/09), no evento Arena ANTP 2019, em São Paulo.
Em suas apresentações, os executivos enfatizaram a importância do transporte estruturante para a mobilidade urbana brasileira. “Defendemos uma nova estrutura de governança que garanta o investimento permanente e contínuo em corredores estruturantes de transporte, visando à eficiência da mobilidade do cidadão e o aumento de sua qualidade de vida”, enfatizou a executiva da ANPTrilhos.
Roberta Marchesi explicou que a mobilidade é um tema que impacta na vida de todos e o que define a capacidade de mobilidade não é só o tempo gasto com transporte, mas, especialmente, a predisposição de enfrentar o tráfego e o trânsito de todos os dias, independente do modo de transporte que utiliza. Ela explicou que no Brasil, em média, as pessoas ficam 43 minutos presas no trânsito todos os dias, contabilizando cerca de três dias no mês.
“O desenvolvimento do transporte não pode mais ficar pautado nesse mesmo modelo que tivemos ao longo dos anos. O modelo atual está saturado, não consegue mais atender as nossas demandas e, se não houver uma ruptura desse modelo de desenvolvimento que vivenciamos, o que nós vamos começar a ter é a degradação de qualidade de vida nos centros urbanos, por que você não vai mais conseguir se locomover e usufruir dos serviços que a cidade tem a oferecer”, destacou.
O Presidente da NTU, Otavio Vieira da Cunha Filho, concordou com os apontamentos da Diretora da ANPTrilhos e ressaltou a importância da integração entre os meios de transporte. “As redes públicas de transporte têm que ser multimodais, integradas física e tarifariamente, e únicas. Elas tem que unir os diversos modos de transporte, tem que ser complementares, com os modos de menor capacidade alimentando os de maior capacidade”.