Jiga de testes possibilita que componentes dos sistemas de sinalização sejam testados e consertados fora da via, com mais praticidade e segurança.
Há cerca de dois meses, no laboratório do Setor de Sinalização (Sesin) da Trensurb, uma jiga de testes que estava sem utilização desde 2011 tem sido recolocada em uso. A ideia foi do técnico em eletrotécnica Bruno da Silva Rosa, que também é formando em engenharia mecânica pela Unirriter. Depois de conversar com supervisores do setor, ele resolveu trabalhar na modernização e automação da jiga como o projeto do seu trabalho de conclusão de curso. Além do orientador da instituição de ensino – o professor Jean de Dieu Mveh –, Bruno foi supervisionado no projeto pelos supervisores de manutenção da Trensurb, Edson Tadeu Monteiro e Jaime Bueno.
Uma jiga de testes é um equipamento que possibilita o teste de componentes do sistema metroferroviário fora do local original de instalação. “Basicamente, você simula o funcionamento do equipamento fora do seu lugar e verifica se está com os parâmetros semelhantes aos originais. Por exemplo, podemos usar para placas de sincronismo de horário, para placas de sistema de som e para as máquinas de chave”, explica Bruno.
No processo de modernização da jiga, foram incluídos dispositivos de segurança ao usuário como botão de emergência, chave geral e sinais luminosos que indicam que o equipamento está energizado. Inicialmente, o equipamento podia ser utilizado para testagem das máquinas de chave do pátio da Trensurb e da via principal no trecho original, entre as estações Mercado e Sapucaia. A máquina de chave é o equipamento utilizado para controlar um aparelho de mudança de via, que, por sua vez, permite a transição de um trem de uma via para a outra, formando desvios. Com a conclusão do projeto de Bruno, no início deste mês, mudanças adicionais na jiga foram realizadas para possibilitar o uso com as máquinas de chave do trecho entre as estações Sapucaia e Novo Hamburgo.
A jiga de testes traz o benefício de possibilitar a testagem e conserto de equipamentos fora da via, mas Bruno destaca também que ela facilita a obtenção e troca de conhecimento. “Além de ser utilizada para o teste efetivo, ela pode servir de apoio para colegas que desejarem pesquisar sobre o equipamento”, afirma o técnico. Segundo ele, “hoje, o pessoal que detém conhecimento sobre os processos da máquina de chave, em sua maioria, tem mais de 30 anos de empresa. Com a jiga, temos o ambiente propício para que esses conhecimentos possam ser transferidos mais rapidamente aos novos. E torna esse processo de aprendizado mais didático e seguro” – dispensando o deslocamento até a via do metrô.
16/11/2020 – Trensurb