O governador Pedro Taques se reuniu nesta quarta-feira (01/06) com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, em Brasília, para buscar aporte do Governo Federal para a conclusão da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
No encontro com o ministro, o governador tentou convencer da necessidade de a União reservar em seus cofres o valor de R$ 600 milhões para finalizar as obras do VLT, que deveriam ter sido concluídas antes da Copa do Mundo de 2014, mas que estão paralisadas há 18 meses, alvo de contestações por parte do Governo do Estado e do consórcio construtor.
O modal já consumiu R$ 1,06 bilhão do estado e, de acordo com um relatório elaborado pela consultoria KPMG, encomendada pelo Governo do Estado, seriam necessários mais R$ 602 milhões para a conclusão da obra.
“Eu não tenho esses 600 milhões para terminar essa obra. Então eu tenho que buscar na União, que está nos devendo R$ 1 bilhão de recursos do Fex e de transferências atrasadas”, comentou o governador em entrevista a uma emissora de TV local.
Mesmo sem recursos em caixa nos dias atuais para destinar a obra, o governador Pedro Taques reafirmou o compromisso de terminar o empreendimento.
“Vamos concluir a obra do VLT, agora para isso preciso de recursos. Eu preciso, como governador, encontrar meios e por isso nós estamos negociando com a União, que para ela nos desembolse”, acrescenta o governador.
Vagões parados
Os 40 vagões que foram comprados na gestão anterior e que hoje estão parados no pátio da empresa em Várzea Grande foram comentados pelo governador Pedro Taques durante a entrevista.
Ele relembrou que o estudo que apontou a viabilidade do modal apontou que somente 31 serão utilizados, com a conclusão da obra.
Os outros novos restantes podem ser no futuro cedidos ao Ministério das Cidades para uma possível utilização em obras de outros estados.
KPMG
De acordo com o relatório feito pela KPMG, a continuidade das obras depende de apresentação, por parte do Consórcio VLT, dos projetos de execução do modal e de desapropriação.
O relatório apresentado em março deste ano apontou que o atraso da obra foi causado pela lentidão nas desapropriações necessárias para implantar o VLT, que foram feitas sem projeto, e pelo fato da construção não ter sido implantada em três turnos, como previsto em contrato.
Além disso, segundo a KMPG, etapas da execução do projeto que não dependiam de desapropriações não foram iniciadas pelo consórcio.