Uma grande obra de infraestrutura urbana, como a construção de novas linhas de metrô, traz benefícios à mobilidade, à qualidade de vida da população e ao meio ambiente. Mas também é uma importante aliada da economia. A implantação da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca – Ipanema) vai aumentar a produtividade no Rio de Janeiro e gerar uma economia de cerca de R$ 883 milhões por ano com a redução do tempo de deslocamento entre a Barra e a Zona Sul, de acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ao longo dos 25 anos de concessão da nova linha de metrô, a economia chega a R$ 22 bilhões.
– Com esse volume de recursos daria para construir duas linhas 4 do metrô, já que o custo do empreendimento foi de R$ 9,7 bilhões. Considerando os dados da FGV, é possível perceber que o impacto da expansão do sistema metroviário é extremamente positivo para toda a população e, inclusive, para a cadeia produtiva do estado –, afirma o secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira.
Além do impacto no trânsito, o estudo revela também que a Linha 4 contribuirá para a redução de acidentes, com o meio ambiente e até para a saúde da população, minimizando as poluições sonora e do ar. Com a nova linha, serão retirados cerca de 4 mil veículos por hora em momentos de pico no eixo Barra – Zona Sul.
– A Linha 4 inicia a operação plena com 300 mil passageiros por dia, mas esse volume irá aumentando com o passar dos anos. Por isso, consideramos uma média de 450 mil usuários/dia para os 25 anos de concessão. Como cada um vai economizar, em média, uma hora por dia com a utilização da nova linha, multiplicamos esse volume de horas pela média salarial dos usuários do metrô (R$ 7,27/hora) e pelos dias úteis do ano, chegando a cerca de R$ 883 milhões por ano –, explica Luiz Carlos Duque, coordenador de projetos da FGV.
No coração do Leblon, Estação Antero de Quental vai beneficiar 35 mil pessoas por dia – FVD Studio
Outro cálculo feito pela FGV foi o da redução de gastos com combustível. Com a redução do número de carros nas ruas, a economia será de aproximadamente R$ 24 milhões ao ano e de cerca de R$ 615 milhões durante o período de concessão da Linha 4 (25 anos), considerando um valor médio de R$ 3,80 por litro de combustível.
Comércio espera aumento de 10% nas vendas
O comércio é outro beneficiado com a chegada do metrô, pois aumenta a circulação de pessoas e a valorizações dos bairros. Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e o Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio), espera-se um aumento de 10% nas vendas dos estabelecimentos no entorno das estações Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Jardim de Alah e Antero de Quental, no Leblon, São Conrado e Jardim Oceânico (Barra).
A Linha 4 do Metrô vai unir o Rio, integrar regiões e levar qualidade de vida a milhares de cidadãos. Esta é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro, executada pela Concessionária Rio Barra, e o projeto representa a execução, de uma só vez, da mesma extensão de metrô subterrâneo construída nas últimas três décadas na cidade. Com a inauguração da nova linha no sábado, dia 30 de julho, a concessionária MetrôRio assumiu a operação da Linha 4.