Representante do Rio de Janeiro no seminário promovido pela ANPTrilhos, o secretário de Estado de Transportes do Rio de Janeiro, Rodrigo Goulart de Oliveira Vieira, festejou o excelente feedback que o transporte sobre trilhos conquistou dos usuários na época dos Jogos Olímpicos, superando inclusive a avaliação do metrô londrino, tido como uma referência internacional de qualidade.
“Queremos agora dar prosseguimento aos planos de expansão e bater a nossa meta de contar com 100 km de rede em 2045. Temos que passar para a próxima fase, que é a de captar recursos. Temos que saber vender este modal como a grande solução para a mobilidade urbana”, afirmou o secretário. Outro exemplo de plano de expansão bem sucedido é da cidade de Salvador (BA). “Em 2013, a malha metroferroviária soteropolitana não superava os 13 km. Hoje, temos 46 km e queremos chegar aos 130 km em 2028”, disse o secretário de desenvolvimento urbano do governo da Bahia, Carlos Martins.
Presente ao painel, o secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, do Ministro das Cidades, José Roberto Generoso, salientou que o segmento precisa organizar-se de maneira a atrair o investimento privado, porque “o governo federal não será mais um gerador de recursos. Não é possível construir projeto desde Brasília.
É preciso envolver a administração privada e local, além da iniciativa privada”. Segundo ele, o setor é penalizado com poucos recursos para Capex e custos operacionais cada vez mais significativos. “Temos um fator importante a considerar que é a baixa capacidade de pagamento da população. O governo não vai entrar em subsídios e será preciso definir quem vai custear o transporte. Além disso, é fundamental dar segurança jurídica ao capital privado”.