Rio de Janeiro ganha nova linha de metrô ligando a Barra da Tijuca a Ipanema

_MG_8215_Creditos Henrique Freire-500pxMaior legado em mobilidade que o Rio de Janeiro ganha com os Jogos Olímpicos, a Linha 4 do Metrô foi inaugurada neste sábado (30/7). A cerimônia de abertura, realizada na estação Jardim Oceânico, contou com a presença do Presidente da República em exercício, Michel Temer, do governador licenciado Luiz Fernando Pezão, do vice-governador Francisco Dornelles, do secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira, e do prefeito do município do Rio, Eduardo Paes, entre outras autoridades.

A nova linha metroviária começa a operar na próxima segunda-feira (1/8), entre Barra da Tijuca e Ipanema, encurtando distâncias para melhorar a qualidade de vida da população e proporcionando aos cariocas e visitantes uma alternativa de transporte rápido, moderno, eficiente e sustentável.

A implantação da Linha 4 vai aumentar a produtividade na cidade e gerar uma economia de cerca de R$ 883 milhões por ano, de acordo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a redução de pelo menos uma hora no tempo de deslocamento, em congestionamentos entre a Barra e a Zona Sul.

– Hoje o Rio é a capital do Estado, e a partir do próximo dia 5, será a capital do mundo. Esses Jogos Olímpicos servirão para revelar o Brasil aos olhos do mundo, demonstrando a nossa capacidade. A Olimpíada promoveu muitas melhorias nos serviços na cidade, pois demandou obras que geraram um legado para a população. Um exemplo concreto é a Linha 4, que faz com que as pessoas cheguem muito mais rápido às suas casas – disse Temer.

A Linha 4 vai transportar 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico em cada sentido do eixo Barra da Tijuca-Zona Sul. De acordo com o estudo de demanda desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a migração de passageiros de outros meios de transporte para a Linha 4 permitirá a redução de aproximadamente 40% nas viagens de automóveis nesse trecho. Estes usuários representam cerca de 28% da demanda total da Linha 4. Para os ônibus, a redução prevista é de cerca de 48%, contribuindo com 72% da demanda total.

Por isso, espera-se a diminuição no trânsito e no número de acidentes, grande contribuição para o meio ambiente e menos incômodo à saúde da população, com a redução das poluições sonora e do ar. Com a conclusão das obras, a concessionária MetrôRio, responsável pelo funcionamento das linhas 1 e 2, assumiu também a operação da Linha 4 e, a partir de agora, o passageiro poderá se deslocar entre a Pavuna e a Barra, pagando apenas uma passagem.

O governador Pezão lembrou os esforços de todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – para executar a nova linha e reforçou a importância de investir em projetos de mobilidade.

– Tenho certeza de que, até o fim do nosso mandato, em 2018, vamos entregar a estação Gávea e teremos também outras linhas de metrô funcionando – afirmou.

Em entrevista à imprensa, o secretário de Transportes ressaltou que o Rio de Janeiro tem um histórico de grandes eventos desde 1992, quando a cidade sediou a Conferência Ambiental ECO 92, passando pela Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo de 2014, além do Carnaval e Réveillon.

– O metrô do Rio de Janeiro foi projetado seguindo as mais modernas técnicas, padrões de qualidade e segurança internacionais. Hoje, estamos entregando uma linha que é desejada pela cidade e ela vai beneficiar não só o público dos Jogos, mas a história do Rio de Janeiro. Estamos absolutamente confiantes de que a Olimpíada e a Paralimpíada serão as melhores já realizadas – ressaltou Rodrigo Vieira.

Na ocasião, o secretário apresentou ainda o novo painel da estação São Conrado, composto por vitrais que formam rostos de crianças da comunidade da Rocinha. O trabalho foi doado pelo artista Vik Muniz e é a primeira obra fixa dele no Rio de Janeiro. O acesso Lagoa, nova saída construída a partir da expansão da estação General Osório, que compõe a Linha 1, também foi concluído e estará aberto à população a partir de 1º de agosto.

Maior obra de infraestrutura urbana da América Latina

Este é um projeto do Governo do Estado do Rio executado pela Concessionária Rio Barra. A Linha 4 do Metrô foi a maior obra de infraestrutura urbana realizada nos últimos anos na América Latina. Construída em seis anos, dentro da média mundial para sua alta complexidade técnica, a nova linha metroviária cumpriu as normas internacionais mais rigorosas para a construção e operação de metrôs no mundo. O projeto utilizou tecnologias de ponta nacional e internacional para atravessar bairros densamente povoados, com menor impacto à superfície e aos moradores do entorno.

Foram cerca de 340 empresas e mais de 200 especialistas e consultores nacionais e internacionais envolvidos no projeto. Ao longo destes seis anos de obra, os canteiros passaram por auditorias externas e a construção recebeu a certificação de gestão de qualidade ISO 9001.

O custo total do empreendimento é R$ 9,7 bilhões, sendo R$ 8,5 bilhões de recursos do Governo do Estado e o restante, da Concessionária Rio Barra. O investimento está dentro da média mundial para obras de metrô em grandes centros urbanos e metrópoles.

Impacto socioeconômico durante a construção

Desde 2010, quando as obras começaram, foram gerados cerca de 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos, distribuídos R$ 3 bilhões em salários a profissionais de 23 dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Foram pagos cerca de R$ 3 bilhões em impostos municipais, estaduais e federais (31% do valor do empreendimento), recurso que deve ser investido pelos governos como melhorias à população.

#VocêSabia?
Quantidade de concreto utilizado: 665.346 m3 ≈ 8 estádios do Maracanã

Quantidade de explosivos utilizados: 1.640.400 toneladas ≈ 152 Réveillons em Copacabana

Estações de tratamento de água: Cerca de 220 milhões de litros tratados e reaproveitados, o que daria para abastecer quase 20 mil casas em um mês.

Tempos de viagem
Jardim Oceânico – Nossa Senhora da Paz: 13 minutos
Jardim Oceânico – Botafogo: 23 minutos
Jardim Oceânico – Carioca – 34 minutos
Jardim Oceânico – Estácio: 42 minutos
Jardim Oceânico – Uruguai: 50 minutos
Jardim Oceânico – Del Castilho: 1 hora, com transbordo
Jardim Oceânico – Pavuna: 1h20 com transbordo
Antero de Quental – Carioca: 24 minutos
São Conrado – Carioca: 27min

Crédito das fotos: Henrique Freire

30/07/2016 – Secretaria de Estado de Transportes do Rio de Janeiro
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