Projeto do Trem Pé Vermelho será um dos temas da 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

O Conselho Gestor de Concessões (CGC) do governo do Paraná autorizou três consórcios de empresas a atualizar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) – finalizado em 2012 pelo Laboratório de Transportes e Logística (Labtrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – para o Trem Pé Vermelho – ferrovia de passageiros que ligará as regiões metropolitanas de Londrina e Maringá. A autorização é parte do Programa de Manifestação de Interesse (PMI) lançado no final do ano passado pelo governo com o objetivo de consolidar a implantação do trem de passageiros.

O primeiro consórcio é o G&P, formado pelas empresas Global Ace Participações e Investimentos (Gapi) e a Pullin e Campano Consultores Associados Ltda. (Pullinconsult); o segundo consórcio é formado pela Viaponte Engenharia Ltda., Viaponte Projectos e Consultoria de Engenharia S/A, IP Engenharia e Albino Advogados Associados e o terceiro consórcio é formado pela EGIS – Engenharia e Consultoria Ltda., Logit Engenharia e Consultoria Ltda. e a empresa Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S/A.

A contar do dia 18/05, os consórcios têm 120 dias para fazer os estudos e atualizar o potencial econômico da região, bem como a demanda estimada para o transporte ferroviário de passageiros. “A última revisão do EVTEA é de 2010. As condições mudaram muito desde então e a região cresceu mais do que a média nacional. Por isso, temos este prazo de 120 dias para atualizar os estudos e apresentar uma conclusão”, explicou o coordenador de Desenvolvimento Governamental da Secretaria de Planejamento do Paraná, Mauro Corbellini. O projeto básico de engenharia da obra deve ser entregue ao governo em 15 meses.

Com cerca de 150 quilômetros de extensão e previsão de transportar 30 mil passageiros/dia, a ferrovia deve passar por 13 cidades do Norte e Noroeste do Paraná ligando os municípios de Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã.

O projeto foi considerado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) como o de maior viabilidade econômica entre 14 trechos estudados em todo o País.

Ao final do prazo, o governo espera que cada consórcio atualize os estudos e avalie a melhor alternativa, em termos de traçado e tecnologia, para dar continuidade ao projeto de implantação do Trem Pé Vermelho. “Vamos analisar as soluções apresentadas e sugerir a eles a melhor solução para que passem a desenvolver o projeto básico de engenharia, que vai ser a base para a formatação de uma Parceria Público-Privada (PPP), pois é nesta fase que vai se delimitar a rentabilidade do sistema e o volume de investimentos necessários”, explica Corbellini.

Um dos pré-requisitos apresentados às empresas é que o trem faça a ligação entre Paiçandu e Ibiporã, mas também contemple uma ligação entre os aeroportos de Maringá e Londrina. Em Maringá, os projetos estão mais adiantados em razão do rebaixamento da linha férrea e dos futuros terminais Intermodal, no centro da cidade, e multimodal, projetado para ser construído ao lado do aeroporto. Em Londrina, a passagem dos trilhos por dentro da cidade ainda terá de ser discutida.

O projeto do Trem Pé Vermelho é o tema da apresentação do Coordenador da Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná, Murilo Noronha da Luz, que está no painel “Transporte ferroviário na macrometrópole”, a ser realizado no dia 15 de setembro das 14h às 15h20, como parte da 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que acontecerá de 13 a 16, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

Participarão, também do painel como coordenador, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, diretor de Planejamento da CPTM, os palestrantes, Rodrigo Otaviano Vilaça, presidente da Sessão Ferroviária da CNT e Milton Xavier, diretor de Planejamento Dersa e o debatedor, Jurandir Guatassara Boeira, professor da Universidade Estadual de Londrina (PR).

Os palestrantes do painel também colocarão em pauta “A otimização do uso da infraestrutura e a remoção dos entraves para o crescimento do transporte ferroviário; Compartilhamento da faixa pelos trens de passageiros e carga; A harmonização do trem de carga e passageiros na macrometrópole paulista; trens regionais, ferroanel e trens metropolitanos”.

Sobre a METROFERR EXPO – Realizada pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, a METROFERR EXPO 2016 é uma exposição que reúne empresas fabricantes de equipamentos metroferroviários, fornecedores de peças e serviços, entidades setoriais, mídias especializadas, etc. que trocam informações sobre as inovações oferecidas ao mercado ferroviário de carga e passageiros.

Sobre a Semana – Na sua 22ª edição, a Semana de Tecnologia Metroferroviária é considerada o principal Congresso técnico do setor metroferroviário. Nos quatro dias de Seminário, técnicos das operadoras, dirigentes empresariais e profissionais do setor debaterão questões importantes relacionadas à mobilidade urbana nas grandes cidades.

Serviço
22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e METROFERR EXPO 2016
Data: 13 a 16 de setembro de 2016
Horário dia 13: das 14 às 17h30
Horário dias 14 a 16: 9h00 às 17h40
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 596, 4º – São Paulo – SP

12/08/2016 – AEAMESP