O Conselho Gestor de Concessões (CGC) do governo do Paraná autorizou três consórcios de empresas a atualizar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) – finalizado em 2012 pelo Laboratório de Transportes e Logística (Labtrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – para o Trem Pé Vermelho. A autorização é parte do Programa de Manifestação de Interesse (PMI) lançado no final do ano passado pelo governo com o objetivo de consolidar a implantação do trem de passageiros.
A partir de agora, os consórcios receberam prazo de 120 dias para fazer os estudos necessários a atualizar o potencial econômico da região, bem como a demanda estimada para o transporte ferroviário de passageiros. “A última revisão do EVTEA é de 2010. As condições mudaram muito desde então e a região cresceu mais do que a média nacional. Por isso, temos este prazo de 120 dias para atualizar os estudos e apresentar uma conclusão”, explicou o coordenador de Desenvolvimento Governamental da Secretaria de Planejamento do Paraná, Mauro Corbellini.
O primeiro consórcio é o G&P, formado pelas empresas Global Ace Participações e Investimentos (Gapi) e a Pullin e Campano Consultores Associados Ltda. (Pullinconsult). O segundo consórcio autorizado é formado pela Viaponte Engenharia Ltda., Viaponte Projectos e Consultoria de Engenharia S/A, IP Engenharia e Albino Advogados Associados. Do terceiro consórcio participam a EGIS – Engenharia e Consultoria Ltda., Logit Engenharia e Consultoria Ltda. e a empresa Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S/A.
Ao final do prazo, o governo espera que cada consórcio atualize os estudos e avalie a melhor alternativa, em termos de traçado e tecnologia, para dar continuidade ao projeto de implantação do Trem Pé Vermelho. “Vamos analisar as soluções apresentadas e sugerir a eles a melhor solução para que passem a desenvolver o projeto básico de engenharia, que vai ser a base para a formatação de uma Parceria Público-Privada (PPP), pois é nesta fase que vai se delimitar a rentabilidade do sistema e o volume de investimentos necessários”, explica Corbellini.
Um dos pré-requisitos apresentados às empresas é que o trem faça a ligação entre Paiçandu e Ibiporã, mas também contemple uma ligação entre os aeroportos de Maringá e Londrina. Em Maringá, os projetos estão mais adiantados em razão do rebaixamento da linha férrea e dos futuros terminais Intermodal, no centro da cidade, e multimodal, projetado para ser construído ao lado do aeroporto. Em Londrina, a passagem dos trilhos por dentro da cidade ainda terá de ser discutida.
“O governo do Paraná quer a consolidação de uma ferrovia de passageiros moderna, segura e ágil que vai estimular o desenvolvimento harmônico e integrado das regiões metropolitanas de Londrina e de Maringá”, afirmou a vice-governadora Cida Borghetti (PP), que coordena o projeto do Pé Vermelho. “Não há custos para o Estado do Paraná do nesse momento de elaboração de estudos e projetos iniciais”, destacou o secretário de Planejamento e Coordenação Geral do Estado, Silvio Barros, que tem acompanhado de perto o andamento do projeto.