Uma comissão formada por vereadores participou de reunião com o secretário de planejamento de Curitiba, Fábio Scatolin, sobre o projeto do metrô. Segundo o secretário, não há previsão de relançamento do edital de licitação, suspenso desde 2014.
A última previsão da Prefeitura de Curitiba era de que a licitação fosse relançada até o fim de 2015. Scatolin afirmou aos vereadores que o atraso é decorrente da falta de recursos do governo federal, que se comprometeu a bancar parte da obra.
“Num momento que a gente entende de dificuldade macroeconômica do país, onde ele está todo voltado para o ajuste fiscal, mas que pode abrir espaço para que daqui um ou dois anos, começando o projeto hoje, você possa liberar os recursos para a administração de Curitiba”, afirmou Scatolin.
Lançado em maio de 2014, o edital de licitação foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, que pediu mudanças e questionou itens como laudo ambiental. O secretário garante que as alterações foram feitas, mas não deu um prazo para o edital ser relançado.
“Não dá porque não depende de nós. A nossa parte nós fizemos e estamos convencidos que Curitiba tem um bom projeto de metrô. Agora a parte das empresas e a parte do governo federal, eles que vão ter que nos dizer quando que é o melhor momento para esse processo”, disse.
O custo inicial previsto para a licitação é de R$ 4,7 bilhões. Deste total, R$ 1,8 bilhão deve vir do governo federal, R$ 700 milhões do governo do Paraná, R$ 700 milhões da Prefeitura de Curitiba, e R$ 1,5 bilhão da iniciativa privada.
A estes valores, porém, devem ser acrescidas duas correções inflacionárias – uma desde setembro de 2013, até a realização da licitação; e outra desde o início da obra, até a conclusão.
Metrô
O projeto atual do metrô prevê uma linha de 17,6 quilômetros, entre o Terminal do Cabral e a CIC Sul. Neste trecho, devem ser construídas 15 estações. A expectativa da prefeitura é entregar a obra em até cinco anos. Num segundo momento, a linha deverá ser estendida até o Terminal Santa Cândida. Porém, essa parte da obra ainda não possui orçamento e nem prazo de entrega.
Pelo primeiro edital lançado, o custo máximo da passagem deveria ser de R$ 2,55 – corrigido no início da operação. A empresa vencedora deve ser a que oferecer o menor valor de passagem.
Após o início das obras, a previsão é de que o trecho que vai até o Centro, na Rua das Flores, seja concluído em quatro anos. O trecho até o Cabral terá cinco anos para ser terminado, mas as operações poderão começar apenas com a primeira etapa concluída. A construção será feita através do método Shield, ou “Tatuzão”, que escava por debaixo da terra, através de uma tuneleira. Dos 17,3 quilômetros de extensão, 2,2 quilômetros devem ser elevados.
Os trens do metrô devem ser automatizados e movidos a energia elétrica, sem a presença de motoristas. Segundo a prefeitura, o modelo permitirá uma maior frequência dos trens, diminuindo o tempo da viagem. Por medida de segurança, o acesso dos passageiros aos trens só será aberto, por uma porta automática, quando o trem estiver já parado sobre o trilho das estações.
Além da integração com os ônibus, a intenção da prefeitura é de integrar o metrô ainda com outros modais, como a bicicleta. Isso deve ser feito através da implantação de bicicletário e banheiros em terminais e nas estações do metrô.