Obras na estação de metrô Estrada Parque, no DF, serão reiniciadas após 16 anos

A ordem de serviço para concluir as obras da estação de metrô Estrada Parque, foi assinada pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, nesta terça-feira (27). A previsão de entrega é de seis meses. As obras no local estão paralisadas desde 2002. Desde então, a estação não recebe reparos – algumas pastilhas da parede caíram e há mato alto nos acessos e no estacionamento, por exemplo.

A conclusão da estação Estrada Parque tem orçamento de R$ 2,4 milhões e prevê a instalação de equipamentos como catracas, acessibilidade para deficientes e reformas estruturais, já que a estação não recebeu reparos nos últimos 16 anos. O dinheiro virá dos cofres do Metrô-DF.

O GDF estima receber mais 8.800 passageiros por dia, principalmente das regiões de Águas Claras e Vicente Pires. A estação será ponto de parada para os usuários linha verde do metrô, que parte de Ceilândia.

Difícil acesso

A direção do metrô afirma que a inauguração da estação é uma demanda antiga dos estudantes do local. Nas proximidades, há ao menos cinco faculdades particulares, que funcionam em período integral e atendem a cerca de 15 mil alunos.

“No ano passado, quando dei uma palestra em uma dessas faculdades, o pedido número um dos estudantes era terminar a estação”, afirmou Marcelo Dourado, presidente do Metrô-DF, durante entrevista coletiva.

Apesar disso, a nova estação é de difícil acesso. Não há calçadas conectando as instituições ao transporte nem passarelas sob os trilhos. A situação é similar para os moradores de condomínios de Águas Claras. No caso de Vicente Pires, há uma passarela que corta a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a cerca de 500 metros da estação.

O governo afirma que as obras para os dois acessos à estação, pela EPTG e por Águas Claras, também começarão após a liberação de orçamento pela Câmara Legislativa e estarão prontos na data da inauguração.

Déficit de servidores

Outra dificuldade apontada pela população é a falta de servidores. Uma comissão de aprovados no concurso de 2013 cobra do governo a convocação de funcionários em diversas áreas, tais como agentes de segurança e engenheiros. Até o momento, 63 pessoas foram chamadas.

O concurso, prorrogado três vezes, vence em dezembro deste ano. O Sindicato dos Metroviários e o governo do Distrito Federal firmaram, durante a greve de novembro de 2017, um acordo para contratação de mais 83 servidores do cadastro de reserva.

Edney Medeiros, integrante da comissão, afirma que a contratação de servidores terceirizados para a segurança contraria a lei 6149/74, que determina a ocupação dos cargos por servidores de carreira.

“Estão descumprindo uma lei federal, e esses contratados executam apenas o serviço de segurança patrimonial. Nós temos, nas estações, muitos registros de roubos, agressões e até suicídios. Isso seria minimizado com a convocação dos concursados”, afirma Medeiros.

As contratações, segundo Rollemberg, dependem da aprovação do orçamento do DF pela Câmara Legislativa. O texto está na ordem do dia da Casa nesta terça-feira (27). O governo não precisou a quantidade de contratações, mas a comissão de concursados afirma que há déficit de pelo menos mil agentes de segurança.

Expansão em Samambaia

Em 22 de janeiro, o presidente da República, Michel Temer, assinou autorização para o governo do Distrito Federal fazer licitações e expandir a linha laranja do metrô da capital. Duas novas estações serão abertas em Samambaia.

Em Samambaia, deve haver investimento total de R$ 186,5 milhões, sendo R$ 162,8 milhões da União e R$ 23,6 milhões de contrapartida do DF. Está prevista a expansão da linha na região em aproximadamente 3,7 quilômetros, com ciclovia e viadutos rodoviários, além das duas estações. A expectativa é de que as obras comecem no segundo semestre deste ano.

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