Um veterano da CCR é o novo CEO do VLT Carioca. O engenheiro André Costa acaba de substituir Paulo Ferreira, que ficou um ano no cargo e foi dirigir as linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo. Costa é diretor-presidente do Metrô Bahia e, por ora, vai viver na ponte aérea Rio-Salvador, acumulando os dois cargos.
O engenheiro chega com a missão de recuperar o vigor do VLT, que sofre com o esvaziamento do Centro do Rio e cuja demanda ainda está 30% abaixo do volume pré-pandemia. Uma das apostas é o Terminal Gentileza, projeto de R$ 250 milhões que fará a conexão entre o futuro BRT Transbrasil, ônibus convencionais e as três linhas de VLT.
O terminal ficará no terreno do antigo Gasômetro de São Cristóvão. A previsão é que fique pronto até o fim do ano. Segundo Costa, ele tem o potencial de aumentar em 50% o número atual de passageiros transportados, que é de 80 mil por dia.
— Prevemos começar com 10 mil passageiros vindos do terminal, mas achamos factível chegar a 40 mil — disse o CEO, que foi diretor de tecnologia da CCR.
O executivo diz que o fenômeno do trabalho remoto “é uma realidade” e que a concessionária vai explorar maneiras de incrementar a demanda. Um dos planos é alavancar o potencial turístico do VLT. A empresa lançou recentemente um “guia virtual” em três línguas no app para atrair turistas para o modal. O VLT também vai permitir que os passageiros paguem a passagem com o celular, por meio de um Riocard virtual no app.
A CCR tem 95% do VLT (o restante é da Invepar, dos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros). O contrato vai até 2038 e, a despeito da demanda aquém da esperada, “está equacionado”, diz Costa.
13/02/2023 – O Globo
