Por meio da EMTU, o Governo do Estado entregou à população da Baixada Santista, nesta quinta-feira (4), três estações do VLT com portas de plataforma: Emmerick, N. S. das Graças e José Monteiro, em São Vicente. Já as plataformas de Itararé e João Ribeiro, em São Vicente, e Nossa Senhora de Lourdes, Pinheiro Machado e Terminal Porto, em Santos, terão a instalação do equipamento concluída até o fim, de janeiro, completando as 15 estações do trecho Barreiros-Porto.
O investimento foi de R$ 123,1 milhões. Além das novas estações com portas de plataforma, entrarão em operação nesta semana mais dois novos VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), totalizando os 22 carros contratados. No Terminal Porto, foram entregues quatro dos sete veículos auxiliares destacados para manutenção do sistema, com investimento total de R$ 10,8 milhões. Os três últimos serão entregues no mês de fevereiro.
O terceiro trecho do VLT (Barreiros-Samaritá) avança, a partir desta quinta-feira (4), com a autorização para a publicação de edital de contratação dos projetos básico e executivo para recuperação da ponte “A Tribuna” e acessos por onde o VLT circulará. O edital tem previsão de publicação ainda em janeiro.
A recuperação e o reforço da estrutura sobre o Canal do Mar Pequeno são necessários para assegurar a transposição do local, ao interligar a área continental à porção insular do município de São Vicente, permitindo a implantação do projeto.
Segurança
As portas de plataforma são telas situadas na borda do local de embarque de usuários. O equipamento protege a via férrea e tem uma das portas com movimento de abertura e fechamento sincronizado com os dispositivos do veículo. Entre as várias funções, elas organizam o trânsito de passageiros, melhoram o controle climático da estação e aumentam a segurança, ao impedir que pessoas não autorizadas entrem nas plataformas.
As estações Ana Costa e Bernardino de Campos foram as primeiras do trecho Barreiros-Porto com as portas de plataforma instaladas. Assim como os veículos já em operação, os novos VLTs entregues possuem 2,65 m de largura por 44 m de comprimento e 3,20 m de altura, com capacidade para 400 usuários. A velocidade média é de 25 km/h (a máxima chega a 80 km/h).
Os carros também contam com ar condicionado e piso 100% baixo, o que facilita a movimentação de passageiros com dificuldade de locomoção. Entre os veículos auxiliares de manutenção está o “Locotrator”, um trator de manobra para rebocar e manobrar o VLT e outros veículos auxiliares de manutenção nas vias principais, além de pátios de manutenção e estacionamento.
Um caminhão rodoferroviário será utilizado para transportar cargas do pátio de manutenção para a linha do VLT e vice-versa. Também entrarão em operação um caminhão rodoferroviário com guindaste e um veículo auxiliar leve de via, usado para diversos serviços, como o deslocamento rápido de emergência para solucionar algum tipo de ocorrência técnica.
Integração
O ano de 2017 consolidou o VLT como fundamental para a mobilidade dos usuários na Baixada Santista. Em janeiro, foram entregues 4,5 km e as cinco estações restantes do primeiro trecho (Bernardino de Campos, Ana Costa, Washington Luiz e Porto, em Santos, e Terminal Barreiros, em São Vicente). O sistema passou, então, a operar nos 11,5 km planejados.
Em agosto, teve início a operação do pátio de estacionamento e manobras. Localizado no Terminal Barreiros e com capacidade para seis VLTs, o ponto é importante como apoio à circulação dos veículos no sentido Barreiros-Porto. No mesmo mês, foi disponibilizado aos usuários do terminal um bicicletário para 100 unidades, além do edifício de apoio, com área de 164 m², sala administrativa e banheiros para o uso dos condutores.
A integração tarifária de dez linhas municipais de Santos com o VLT começou em setembro, propiciando aos usuários uma economia de R$ 3,50 em cada viagem. Oito linhas metropolitanas também passaram a fazer integração ao novo sistema, no total de 45 serviços intermunicipais.
Os passageiros passaram a contar com a integração entre os três modais (intermunicipal, VLT e municipal), pagando o valor da maior tarifa mais R$ 1. A integração ocorreu com base no convênio assinado em julho de 2017 entre o Governo do Estado e a prefeitura de Santos.