Mulheres metroferroviárias, mulheres engenheiras

Hoje, 23 de junho, Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, celebramos as mulheres talentosas e determinadas que estão deixando sua marca na engenharia. É uma ocasião especial para destacar a contribuição que as mulheres têm feito para esse campo tão importante e desafiador, assim como em outras frentes.

Seja construindo estações e linhas de transporte de passageiros sobre trilhos, desenvolvendo tecnologias inovadoras, projetando cidades sustentáveis, as mulheres estão transformando e tornando o futuro mais brilhante. Seu talento, perseverança e paixão são verdadeiras inspirações para todos.

O setor metroferroviário é receptivo com o público feminino e, naturalmente, a presença delas vem aumentando a cada ano. Atualmente, mais de 7,3 mil mulheres integram as empresas que operam os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos em todo o Brasil, representando cerca de 25% do total da força de trabalho empregada diretamente por essas empresas. Desse total de mulheres, 14% ocupam algum cargo de liderança direta (gerente, supervisora, coordenadora ou diretora). Elas estão presentes em todas as áreas, passando pela operação, manutenção, engenharia, administração, dentre outras.

A Luiza Lange Tubino é engenheira eletricista do Setor de Energia da Trensurb, operadora do trem metropolitano de Porto Alegre (RS), e explica que é muito gratificante fazer parte da engenharia de uma empresa tão importante, em um setor essencial e estratégico para sociedade e economia na região. “As mulheres têm ótima capacidade de solução de problemas e tomadas de decisões, tem muito espaço pra gente na área da engenharia, por isso é importante ter representação, para que novas gerações também possam buscar esse caminho”, destaca Luiza.

Isadora Jardim também é engenheira e Coordenadora de Engenharia na Aerom, empresa detentora da tecnologia aeromovel. Ela explica que nos 12 anos de profissão os colegas mais experientes a apoiaram na criação da as base de conhecimento. “Estou tendo a oportunidade de atuar como coordenadora, o que significa trabalhar com uma equipe, saber liderá-la e fazer uma boa gestão. O mundo da engenharia é ainda muito masculino sendo, portanto, duplamente difícil para uma mulher jovem ser acreditada e aceita tecnicamente. Posso, assim, afirmar que me sinto orgulhosa das minhas conquistas e do meu crescimento, que certamente não haverá de parar por aqui. As oportunidades existem. Podem ser difíceis de alcançar, mas com comprometimento e boa atuação técnica, podem ser atingidas”, enfatiza Isadora.

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