Muito se discute sobre a mobilidade urbana em nossa capital, que assim como vários outros problemas deixam a desejar. Frota insuficiente, veículos antigos, sem condicionamento de ar, ausência ou desgaste de profissionais.
Isso sem falar dos pontos de ônibus precários, quando existem. Falta de cobertura para suportar os famosos 40ºC, outros sem iluminação, assentos e qualquer proteção.
Um plano de mobilidade urbana exige muito mais do que apenas transportar pessoas. Nesse plano, deve-se incluir o desenvolvimento em série, seja de economia, infraestrutura, meio ambiente, saúde e segurança de cada bairro.
Assim as pessoas precisariam se transportar cada vez menos para ter acesso a educação, lazer e trabalho. As cidades crescem constantemente e investir na melhoria de cada região seguindo suas necessidades é essencial.
O objetivo é melhorar e facilitar a vida de cada cidadão. A ideia é desenvolver a cidade e não apenas transportar pessoas
Sendo assim, os bairros deixariam de ser apenas fluxo dessas pessoas, que tendem a se esgotar mais rápido com o desgaste diário.
Entender a necessidade de cada local e conhecer o perfil das pessoas que ali habitam seria um importante passo para se iniciar essa melhoria, seja na criação de escolas, universidades, postos de saúde, equipamentos culturais e recreação.
Essa ação estimularia a economia local fazendo com que as pessoas dependessem cada vez menos do transporte público, consequentemente causaria um equilíbrio entre a demanda.
Se tratando apenas de transporte, com ele são importantíssimos corredores de ônibus, VLT e ciclo faixas, que também tenham acesso no eixo estação – bairro. Os investimentos devem ser bem utilizados para que haja resultado.
O objetivo é melhorar e facilitar a vida de cada cidadão. A ideia é desenvolver a cidade e não apenas transportar pessoas.
JUNIOR MACAGNAM é empresário em Cuiabá.