Mesmo sem confirmação oficial tanto por parte do Ministério das Cidades como por parte do governo de Mato Grosso, o ministro Gilberto Kassab e o governador Pedro Taques deverão discutir estratégias que permitam a viabilização das obras do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT que chegou a ser a maior e mais cara obra da Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de 2014 em Mato Grosso, mas que não ficou pronta. As obras estão paralisadas e, segundo a previsão do Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande, seriam necessários, em preços de 2015, R$ 1.135,3 bilhões para concluir os 23 km em dois ramais, fora os R$ 1.066 bilhões já gastos.
Estes valores obrigatoriamente devem ser corrigidos anualmente pela inflação, além de outros custos decorrentes, por exemplo, de variação cambial, já que muitos componentes foram adquiridos em dólar. Só que relatório da Consultoria KPMG contratada pelo governo do Estado reconheceu apenas em parte os valores apresentados pelo Consórcio VLT, reduzindo em R$ 532,5 milhões a previsão das empreiteiras que realizam as obras paralisadas desde o final do ano de 2014.
Pela KPMG, do total cobrado pelo Consórcio VLT, R$ 1.135,3 bilhão, somente R$ 602,7 milhões seriam justificáveis, fechando o total das obras inicialmente previstas de R$ 1.477 bilhão em R$ 1.668 bilhão que seria o montante já pago R$ 1.066 bilhão mais a diferença de R$ 602 milhões do resultado da consultoria. Uma sinalização positiva por parte do Ministério das Cidades, que é o detentor da Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo assinada com a Fifa e o estado de Mato Grosso, poderia representar a retomada das obras tão importantes para o Estado e a consolidação de uma nova opção, que seria uma Parceria Público Privada – PPP para a retomada da mesma e conclusão com recursos privados que seriam recuperados com a exploração do sistema de transporte de massa pelo prazo de 30 anos.
Uma Parceria Público- privada, mesmo que captando recursos públicos para a conclusão das obras, retiraria dos ombros das finanças públicas estaduais e do governador Pedro Taques a continuidade nos gastos de recursos públicos escassos em uma obra essencial, mas a cada dia mais distante da realidade da população.
Na primeira audiência entre o ministro Kassab e o governador Pedro Taques no início de 2015 houve uma demonstração favorável em encontrar uma solução para as obras do VLT que se forem retomadas poderão ficar prontas até 2020.