O Metrô decidiu adaptar os terminais de autoatendimento que foram instalados em algumas estações para gerarem bilhetes com a tecnologia QR Code. A mudança no padrão das máquinas será feita por meio de um aditivo no contrato com a empresa Imply, que forneceu o equipamento nos últimos anos. Até então, a companhia havia decidido rescindir o contrato alegando que “as máquinas não atingiram o desempenho esperado”.
Contratados na gestão anterior, os terminais de autoatendimento começaram a funcionar no início do ano passado, mas apenas aceitando dinheiro em espécie. Com um custo total de R$ 24 milhões, a Imply forneceu 150 máquinas e mais três unidades de reserva que deveriam estar funcionando em diversas estações. No entanto, o equipamento se mostrou pouco confiável e no fim apenas uma pequena parte chegou a ser usada.
Já na gestão Doria, a administração do Metrô tem buscado encontrar uma nova e mais moderna forma de pagamento das tarifas. O equipamento da Imply, conhecido pela sigla EVBA (Equipamento de Venda de Bilhetes em Autoatendimento), só imprime bilhetes do padrão Edmonson (magnético) que é justamente o que o governo pretende acabar.
Com a mudança no contrato, a Imply terá até 06 de abril de 2020 para adaptar os terminais de autoatendimento para receber novos equipamentos, entre eles um “PinPAD”, máquina capaz de receber pagamentos por cartão, e um leitor do padrão RFID para aceitar a recarga de cartões do tipo BOM e BU, entre outros.
O Metrô também incluiu uma cláusula ao contrato que prevê a operação remota dos terminais em rede, algo que, pelo que se subentende, não foi previsto no contrato original. A ideia da companhia é aprimorar a gestão financeira das 150 máquinas.
O aditivo não cita nenhum tipo de correção nos valores do contrato, o que se supõe, foi obtido por comum acordo com o fornecedor que certamente estaria sujeito a multas por não entregar o equipamento conforme previsto.
A companhia foi sensata ao evitar a rescisão e buscar uma solução prática para as máquinas já que as máquinas estão todas fabricadas e entregues. Ao incluir o pagamento eletrônico, a utilidade desses terminais deve ser bem maior e de quebra poderão expandir a adoção da tecnologia QR Code de forma bem mais rápida.
Aliás, com essa alteração, parece certo que o governo do estado irá adotar o padrão QR Code como opção no lugar dos bilhetes Edmonson. Há relatos de mais bloqueios sendo preparados para ler código em mais estações. O projeto-piloto que avaliou o uso desse sistema foi concluído no começo do mês e contou com a ajuda da empresa Autopass, que forneceu os equipamentos e a tecnologia em diversas estações do Metrô e da CPTM.
12/12/2019 – Metrô CPTM