O Metrô de São Paulo assinou na segunda-feira, 3, um contrato que prevê o levantamento topográfico do trajeto da Linha 19-Celeste, que ligará Guarulhos ao centro de São Paulo. Com valor de R$ 410 mil, o serviço será executado pelo consórcio Metro Cúbico Dynatest que terá 16 meses para entregar toda a documentação técnica à companhia.
Este é um dos três contratos prévios em que o Metrô levantará dados cruciais para que seja possível produzir os projetos da Linha 19 e que detalharão diversos aspectos da obra, como profundidade dos túneis, métodos de construção, localização de estações e do pátio de manutenção e, claro, o custo total previsto para tirar o ramal do papel. Outros dois já foram contratados pela empresa meses atrás.
O trabalho de levantamento topográfico será feito em uma extensão de cerca de 19 km que começa na altura do cruzamento da rua Claudino Barbosa com a avenida Tiradentes, em Guarulhos, e termina próximo ao viaduto Júlio de Mesquita Filho, na região da Bela Vista, ponto que a Linha 19 um dia seguirá sentido sul pela avenida Brigadeiro Luiz Antonio. Já a atual fase deverá passar pelos bairros de Macedo, Vila Augusta, Vila Endres, Vila Itapegica, em Guarulhos, e Jardim Julieta, Vila Medeiros, Jardim Japão, Vila Maria, Brás, Luz e o centro da capital.
O trajeto da Linha 19-Celeste
O levantamento terá de incluir uma faixa de interesse de 300 metros, sendo 150 m para cada lado da linha proposta pelo Metrô atualmente. Nessas áreas, a empresa contratada precisará registrar diversas informações que incluem calçadas, recuos de prédios, córregos, pontes, postes, semáforos, árvores, caixas de inspeção de concessionárias de serviços públicos e qualquer outra possível interferência na superfície.
O consórcio também produzirá um levantamento sobre o local proposto para o pátio de trens, no entanto, nas informações do contrato não existe qualquer menção à sua localização. Como se trata de uma área significativa, imagina-se que ela ficará localizada em algum ponto do município de Guarulhos.
De posse dessa documentarão, o Metrô poderá então contratar o projeto básico da Linha 19, o que é esperado para este ano. É ele que fornecerá as bases para que seja modelado o edital de concessão do ramal nos próximos anos. O governo Doria tem afirmado que o estado não bancará mais obras metroviárias sozinho, optando por oferecer esses projetos para a iniciativa privada.
A Linha 19-Celeste é cogitada há vários anos pelo governo do estado, mas só ganhou novo status na atual gestão que decidiu colocá-la na sua lista de prioridades após os projetos que já estão em andamento. Acredita-se que o ramal tenha um potencial de demanda de mais de 500 mil passageiros por dia útil e o custo aproximado de R$ 15 bilhões.
07/02/2020 – Metrô/CPTM