Companhia se antecipou às exigências da Lei das Estatais e mapeou áreas de risco em todos os departamentos
A Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) é a primeira empresa do sistema metroviário brasileiro a desenvolver ferramentas de Gestão de Risco. Essa foi uma das informações abordadas durante o 6º Debate da Lei das Estações no Metrô-DF – Governança Corporativa, Gestão de Risco, Integridade, Ética e Transparência.
A gestão de risco nas empresas públicas é um das exigências da Lei nº 13.303/2016 (que estabelece o Estatuto Jurídico das Empresas Estatais e suas subsidiárias). Antes mesmo de a legislação entrar em vigor o Metrô-DF já havia iniciado o seu planejamento estratégico e deu início à Gestão de Risco na companhia, com o auxílio da Controladoria Geral do DF (CGDF).
O 6º Debate da Lei das Estatais fechou o ciclo de palestras na empresa, que tiveram início no dia 15 de janeiro passado. O objetivo foi explicar o impacto da nova legislação, que preveem mudanças estruturais na empresa, com impacto no trabalho dos empregados. Cada debate abordou um tema relacionado à Lei, entre eles, independência em relação ao governo, responsabilidade sócio-ambiental, ética e integridade.
Participaram do evento, na sede da empresa, em Águas Claras, o Controlador Geral do DF, Henrique Moraes Ziller, o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, o secretário de Mobilidade do DF, Fábio Damasceno, o presidente da Seção Ferroviária da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Rodrigo Vilaça, o diretor de Acompanhamento de Ouvidorias das Áreas Social e Econômica da CGDF, Rodrigo Vidal, entre outras autoridades.
Transparência
O primeiro a apresentar o tema foi o assessor jurídico Tiago Isfer, coordenador do Grupo de Trabalho criado para aplicar a Lei das Estatais na companhia. Isfer discorreu sobre os debates anteriores e explicou que, no quesito transparência, o índice da empresa passou de 29% para 85%. Sobre ética, explicou: “não se trata somente de não roubar, fraudar, mas também de estar comprometido com a organização e com os resultados esperados de cada um de nós”.
O Controlador Geral do DF, Henrique Moraes Ziller, parabenizou a empresa pela gestão ética e transparente. “Isso é possível com o governo que tem uma orientação ética clara e definida de não pactuação de irregularidades e que, portanto, se abre totalmente a implementação de novas técnicas de controle nas contas públicas e na gestão como um todo”, afirmou.
Para Ziller, não se pode deixar de aproveitar essa oportunidade e de trazer esse benefício e contribuição para a gestão pública no DF, servindo de exemplo para o País. “Me sinto feliz de ter essa oportunidade de estar fazendo esse trabalho e, particularmente, de ter parceiros como o Metrô, que abarcam com alegria essa possibilidade e que tem consciência e responsabilidade”, disse.
Integrante do grupo que desenvolveu a Gestão de Riscos na empresa, o engenheiro Cláudio César de Faria apresentou um resumo sobre as atividades na companhia. Segundo ele, foram identificados somente no Departamento de Manutenção 150 riscos, analisados e avaliados, com recomendações de medidas de tratamento. Faria destacou que isso só foi possível depois que a empresa passou a desempenhar toda a gestão da manutenção do sistema, atividade que vinha sendo desenvolvida pelas empresas terceirizadas, por meio de vários contratos emergenciais.
A diretora executiva da RP Management, Rochana Grossi Freire, destacou o empenho da empresa em identificar os riscos e, com isso, tendo a oportunidade de superar os desafios, uma inovação no sistema metroviário do Brasil e da América Latina. Com a palestra “Gerencie Riscos para Não ter que Administrar Crises”, Rochana apontou que a grande maioria das decisões está associada à incerteza, mas é possível minimizar problemas e até evitar crises. “A gestão de riscos permite gestores mais conscientes, estabelecendo indicadores de desempenho e identificando fatores de risco”, afirmou.
O presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, disse que empresas como o Metrô precisam ter transparência e coragem para combater a corrupção e posturas antiéticas. “É possível ser uma empresa pública séria, cumprindo todas as exigências legais e com lisura durante os procedimentos licitatórios. A ética começa dentre de casa, com as nossas ações, e é isso o que estamos construindo no Metrô”, finalizou.
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