O Metrô de São Paulo obteve aval para conceder os direitos de nomeação, os chamados “naming rights”, das estações da capital paulista por ao menos 20 anos.
A concessão, que deverá ser lançada nos próximos meses, estipula que as estações receberão um nome adicional de uma marca ou produto.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a concessionária do metrô carioca renomeou uma de suas estações para Botafogo/Coca-Cola.
A autorização foi dada pela CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana), que analisa propostas de veiculação de nomes e marcas nos espaços da capital paulista sem ferir o que preconiza a Lei Cidade Limpa.
Com a aprovação, as marcas poderão ser exibidas em totens nas estações do Metrô.
As empresas que fizerem o arremate do patrocínio terão duas áreas para expor as marcas.
A primeira seria uma área de 30 cm x 30 cm ou 30 cm x 60 cm no formato de um retângulo ou a inserção do nome da marca abaixo do da estação.
As empresas pagarão uma mensalidade pelo uso do espaço e, em contrapartida, também receberão chamadas de áudios nos trens e terão suas logos exibidas em mapas, sites, redes sociais e aplicativos do Metrô.
Os “naming rights” já são usados pelos grandes times de futebol do país, como o Corinthians, por exemplo, para quitar dívidas.
No caso do Metrô, além de ampliar a arrecadação, que tem sido muito afetada pela redução de passageiros durante a pandemia de Covid-19, a chegada dos “naming rigths” às estações será a chance de a empresa sobre trilhos padronizar sua sinalização visual.
Ainda não está esclarecido se a concessão de “naming rights” do Metrô também se estenderá pelas estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), cujas paradas são compartilhadas.
21/02/2021 – Valor Econômico