Metrô de SP faz chamamento público para conservação de obras de arte nas estações

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô realiza chamamento público para a apresentação de Proposta de Interesse para Projeto de Conservação de Obras de Arte nas estações da Companhia.

O Aviso saiu publicado na edição do Diário Oficial do Estado deste sábado, 29 de agosto de 2020, e as propostas dos interessados em participar deverão ser entregues até às 17h00 do dia 01 de outubro de 2020.

O Chamamento Público na íntegra, bem como documento técnico, estarão disponíveis no site da Companhia do Metrô a partir de terça-feira, 01 de setembro de 2020.

UM MUSEU ABERTO PARA MILHÕES DE PESSOAS

Conforme publicação do Metrô em 2012 (Arte no Metrô), são atualmente 91 obras instaladas em 37 estações, algumas múltiplas, constituídas por dezenas de outras obras, de autoria de artistas que trabalharam individualmente, em dupla, que criaram num grupo de três e até num coletivo de 24 crianças.

De acordo com a publicação, “depreende-se que essas obras são vistas diariamente por um número muito grande de pessoas, certamente superior, em média, à soma dos espectadores de todas as exposições de arte de São Paulo no período de um mês”.

Ainda de acordo com a publicação, o início de tudo se deu por ocasião da reurbanização da Praça da Sé para a construção da Estação Sé do Metrô, inaugurada em 1978, quando a Prefeitura de São Paulo instalou nos jardins da nova praça uma coleção de esculturas de consagrados artistas brasileiros ou residentes no Brasil: Condor, de Bruno Giorgi, Nuvem sobre a cidade, de Nicolas Vlavianos, Totem, de Domenico Calabrone, Diálogo, de Franz Weismann, Os pássaros, de Felícia Leirner, Satélite, de Francisco Stockinger, e esculturas Sem título de Amilcar de Castro, Sérgio Camargo, Mário Cravo Jr.

O fato desencadeou um debate sobre a conveniência de se instalar obras de arte nas estações do Metrô de São Paulo, a exemplo do que ocorre em metrôs de outros países.

A ideia prevaleceu e, assim, nos anos 1978/79, foram instaladas na Estação da Sé as primeiras obras: a escultura Garatuja, de Marcelo Nitsche (foto abaixo), um mural em acrílica sobre concreto de Renina Katz, um mural em pastilhas de vidro de Cláudio Tozzi e uma escultura de autoria de Alfredo Ceschiatti.

Também nesse período foi iniciado o mural “Como sempre esteve, o amanhã está em nossas mãos”, de Mário Gruber, porém só concluído definitivamente em 1987. A estação receberia ainda, em 1985, o painel Fiesta, de autoria de Waldemar Zaidler.

“A política de incluir obras de arte nos mezaninos, corredores e plataformas do Metrô, objetivando uma melhoria de qualidade a seus usuários foi se consolidando e se instituiu uma Comissão Consultiva de Arte, formada por representantes de instituições ligadas à arte e à cultura – tanto públicas como privadas – e por integrantes da Companhia do Metrô de São Paulo para a análise e aprovação dos projetos artísticos apresentados para ocupação de espaços disponíveis nas estações. A partir de abril de 2012, o Metrô inclui em seu site um regulamento que tem como objetivo divulgar os espaços com vocação para a instalação de obras de arte nas estações em fase de projeto, para a convocação de interessados em encaminhar propostas de obras de arte para comporem o acervo de arte permanente da Companhia”.

As obras de arte são encaradas como uma forma de interação positiva com uma arquitetura de qualidade das estações.

29/08/2020 – Diário do Transporte

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