- “Enquanto as operadoras investem em oferecer um serviço eficiente, o poder público deve ter a coragem de atrair o usuário para o transporte público”, afirma Peter Zwetkoff, presidente da ViaQuatro
- Paulo Menezes Figueiredo, diretor-presidente da Companhia do Metrô de São Paulo: “Somos especialistas em transportar pessoas a há os especialistas em explorar as oportunidades”
Ampliar a participação da iniciativa privada nos empreendimentos metroferroviários é o grande desafio do segmento, segundo lideranças empresariais que participam da NT Expo – 19ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor na América Latina que acontece até quinta (10) no Expo Center Norte, em São Paulo. “As PPPs (Parcerias Público-Privadas) já comprovaram que são viáveis”, ressalta Harald Peter Zwetkoff, presidente da ViaQuatro, concessionária que opera a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo.
Para ele, as empresas têm condições, além da celeridade na aplicação de recursos com menos burocracia, de serem parceiras do estado na busca por soluções para questões envolvendo a mobilidade urbana. “Enquanto as operadoras investem em oferecer um serviço eficiente, o poder público deve ter a coragem de atrair o usuário para o transporte público, a exemplo do que ocorreu em Londres, que passou a cobrar mais de quem não adere ao sistema”, observa Zwetkoff.
Ir além do papel de operadora do sistema de transporte metroferroviário é outro caminho que as empresas concessionárias estão procurando seguir. A Supervia, companhia responsável pelos trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro, anunciou, durante esta NT Expo, por exemplo, que o projeto do shopping center da tradicional estação Central do Brasil será entregue em 2020. O empreendimento de R$ 300 milhões terá uma área 36 mil metros quadrados e um hotel três estrelas.
“Somos especialistas em transportar pessoas a há os especialistas em explorar as oportunidades”, frisa Paulo Menezes Figueiredo, diretor-presidente da Companhia do Metrô de São Paulo, justificando porque é importante atrair outros tipos de atividades para dentro do sistema metroferroviário. “Temos cinco shoppings instalados em nossa estrutura que colaboram para que nossa arrecadação acessória anual seja de R$ 170 milhões. Temos capacidade para fomentar novos investimentos e triplicar este volume. São 4,5 milhões de pessoas passando pelo nosso sistema diariamente”.