Em operação há quase um mês, a linha 3 do VLT representa não só a consolidação do sistema, como também faz um resgate à memória da cidade. No percurso que conta com 10 paradas três delas são novas e contam com homenagens à cultura africana em seus nomes.
Os nomes foram definidos em consenso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e entidades do movimento negro e sociedade civil. Assim, além das referências geográficas, cada novo ponto de embarque se refere também a um ícone da memória africana.
A parada Cristiano Ottoni-Pequena África remete à área do Centro e Região Portuária que compreende alguns dos principais espaços culturais de herança africana. Já Camerino-Rosas Negras faz alusão ao movimento de mulheres que foi referência na luta contra a escravidão e pelos direitos dos negros, entre o fim do século XIX e o início do século XX. Na parada Santa Rita-Pretos Novos fica a menção ao cemitério de africanos escravizados encontrado na região.
Além desses locais, vale lembrar que foi feita uma homenagem também na linha 1, em que a Parada dos Navios passou a se chamar Parada dos Navios-Valongo, já que se encontra próxima ao ponto de chegada de africanos escravizados descoberto durante as obras de revitalização da região e que foi declarado patrimônio mundial pela Unesco.
22/11/2019 – VLT Carioca