Entregar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) até o fim de sua gestão é uma prioridade do governador Pedro Taques (PSDB). Além de vir defendendo a retomada das obras do VLT em diversas instâncias, desde o ano passado, o Governo reforçou no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que pretende executar os 54% restantes da construção do modal no próximo ano.
A informação consta no quadro de “Metas e Prioridades para o Exercício de 2018”, presente no documento. Na descrição do projeto, os 54% se referem ao “desenvolvimento das obras e serviços de engenharia necessários a implantação do VLT”.
As obras do VLT estão paradas há mais de dois anos e já custaram mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Segundo a Secretaria de Estado de Cidades (Secid), até o momento foram concluídos 45% das obras.
Para que o projeto seja finalizado, a proposta do Governo era incluir mais R$ 922 milhões ao contrato com o Consórcio VLT Cuiabá. Todavia, o acordo firmado entre o Estado e a empresa teve parecer contrário dos Ministérios Público Federal e Estadual.
Apesar da negativa, o Governo afirmou, por meio de nota, que seguirá defendendo a retomada das obras, inclusive no âmbito da Justiça.
“O Governo do Estado, que tem a competência de decidir sobre a retomada ou não desta obra – o que já o fez -, crê na possibilidade de acordo que resultará na retomada do VLT, mas só o fará com responsabilidade, zelo ao interesse e ao patrimônio públicos, transparência e corrigindo erros cometidos nesse contrato anteriormente” disse, na nota.
A previsão era de que, com a homologação do acordo – que ainda aguarda decisão da Justiça Federal – as obras fossem retomadas no mês de maio. A estimativa é de que as obras sejam concluídas em 24 meses e, em sendo assim, até o fim de 2018 estaria pronta a linha 1, num total de 15 quilômetros, entre o aeroporto de Várzea Grande e o Terminal do Comando Geral, na Capital.
O Governo espera agora a aprovação da Mensagem do Executivo, encaminhada à Assembleia Legislativa, com pedido de autorização para contrair um empréstimo de R$ 800 milhões junto à Caixa Econômica Federal.
Esses R$ 800 milhões devem servir para consolidar o acordo entre Governo e o Consórcio para conclusão das obras, uma vez que o Estado assegura já ter R$ 193 milhões em caixa de um empréstimo anterior.