O governo estadual enviou pedido de autorização à Assembleia Legislativa de São Paulo para tentar obter, junto a bancos privados, financiamento que será utilizado para a realização das desapropriações prevista no projeto da linha 18-Bronze do Metrô. O ramal pretende ligar São Bernardo à capital por sistema monotrilho, passando ainda por Santo André e São Caetano.
Segundo a STM (Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos), com a reclassificação financeira do Estado, em dezembro do ano passado, elevando a nota de crédito de C para B, e a possibilidade de contrair novos empréstimos, o governo “trabalha na obtenção dos recursos para as desapropriações” para dar início às obras.
Segundo a pasta estadual, além dessa solicitação de autorização para abrir negociação com bancos privados, as conversas com as instituições bancárias públicas continuam. “Desta forma, não há alteração, mas ampliação das perspectivas para obtenção da verba”, diz nota da STM.
De acordo com o documento enviado aos deputados estaduais, as desapropriações do projeto necessitam de US$ 182,7 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 603 milhões.
A liberação das áreas que receberão o equipamento de transporte público é exatamente o que trava o início das obras. O contrato de PPP (Parceria Público-Privada) com o Consórcio Vem ABC, que fará a construção e operação do sistema, foi assinado em agosto de 2014, mas, até o momento, a iniciativa não avançou.
A promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deixou o cargo no fim da semana passada para concorrer à Presidência da República, era iniciar as obras ainda em 2014 e finalizá-las neste ano, o que não foi cumprido. O custo estimado inicialmente para a construção da linha 18-Bronze do Metrô é de R$ 4,2 bilhões.