O Governador João Doria participou nesta terça-feira (6) da cerimônia de início das obras na Linha 6-Laranja de metrô, que vai gerar 9 mil empregos diretos. Os trabalhos da maior obra de infraestrutura da América Latina foram retomadas pela concessionária “Linha Universidade Participações S.A.”, liderada pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu do consórcio Move São Paulo os direitos na parceria público privada (PPP) para a construção, operação e manutenção da linha.

“É a maior obra de infraestrutura do Brasil e da América Latina do ponto de vista de investimento e de empregos diretos e indiretos. Um grandioso empreendimento aguardado com muita expectativa, não só pela população desta região da cidade, por todo Estado de SP e obviamente pela retomada do emprego e a retomada da geração de renda tão importante no momento ainda de pandemia”, disse João Doria.

A previsão é que a linha seja totalmente concluída em 5 anos. A concessão inclui ainda a aquisição de toda a frota, que deverá ter 22 trens, e prevê 19 anos para manutenção e operação. Com investimento total de R$ 15 bilhões, a Linha 6-Laranja vai atender diariamente a mais de 630 mil passageiros, que terão mais agilidade e conforto no deslocamento entre a zona norte e o centro da capital.

“A conclusão das obras está prevista para 2025 e agora nós não temos nenhuma razão para duvidar da sua continuidade e da obediência a este prazo. Isso foi muito estudado pela equipe do Metrô, pela equipe da Acciona, para que o cumprimento deste prazo seja feito. Não há mais obstáculo de natureza jurídica, nem administrativa, nem institucional, nem de falta de recursos”, esclareceu Doria.

Em 15,3 km de extensão, a Linha 6 vai ligar Brasilândia a São Joaquim. O projeto inclui 15 novas estações e contará com integração para outras quatro linhas, do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O trajeto, que atualmente possui tempo médio de 1h30 e só pode ser feito por meio de ônibus no transporte público, passará a ser percorrido em apenas 23 minutos quando todo o trecho estiver em operação.

“Com a redução de mais de uma hora no deslocamento de uma ponta a outra da linha, milhares de pessoas terão mais tempo para passar com a família, com os amigos, para se divertir e estudar, por exemplo. É um impacto importante na qualidade de vida dos passageiros”, disse o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

Traçado

O projeto completo da Linha 6-Laranja inclui as seguintes estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O trecho ainda facilitará a integração com a linha 1-Azul do Metrô, 4-Amarela da concessionária ViaQuatro e 7-Rubi e 8-Diamante, ambas da CPTM.

Histórico

A construção da Linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015 e, em 2 de setembro de 2016, por decisão unilateral, a Move São Paulo informou a paralisação integral das obras civis. O Governo de São Paulo declarou a caducidade da PPP, mas o prazo para o decreto entrar em vigor foi prorrogado durante as negociações.

Com a concretização do acordo com a Acciona, o decreto de caducidade foi revogado. Durante as negociações, a Move São Paulo permaneceu responsável pela conservação e preservação da segurança dos canteiros de obras e dos imóveis vinculados à concessão. Em 2020, o grupo Acciona assumiu a construção, operação e manutenção da Linha 6-Laranja.

06/10/2020 – Governo do Estado de São Paulo

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