O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se reuniu nesta segunda-feira (25) com representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para conhecer o projeto de construção da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte, que pretende ligar o Barreiro ao Calafate e facilitar a mobilidade na Região Metropolitana.
Durante o encontro, Zema ressaltou a importância do metrô para as cidades da Região Metropolitana e reconheceu o empenho da bancada mineira para viabilizar a ampliação.
“É um projeto extremamente interessante porque vai proporcionar atendimento a diversos bairros em regiões que hoje ainda não possuem essa facilidade. Contamos com o apoio da bancada mineira, junto com os deputados federais, que têm sido decisivos para que esse projeto vá adiante. Estou otimista. Minas precisa, após décadas, finalmente ampliar o seu metrô”, disse.
O superintendente regional da CBTU, Miguel Marques, ressaltou a importância do apoio do Executivo e do Legislativo na interlocução com o governo federal e pediu que todos os poderes se apliquem para garantir a expansão.
“Esse projeto é um sonho para nós e uma obra desse porte exige toda a bancada do estado reunida, além do apoio dos órgãos públicos, estaduais e federais. É uma obra que já foi iniciada e depois paralisada por falta de recursos. Já está quase toda em processo executivo, então se recebermos essa verba podemos começar o canteiro de obras no dia seguinte”, afirmou.
Com a aprovação do Projeto de Lei nº 23.304, de 30 de maio de 2019, foi criada, no âmbito da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, a Superintendência de Transporte Ferroviário, subordinada à Subsecretaria de Transportes e Mobilidade.
Com isso, a secretaria passou a ter uma área dedicada exclusivamente aos assuntos ferroviários do Estado. “Estou há dez anos trabalhando com o tema, e é muito relevante essa iniciativa do governo de querer participar ativamente dessas discussões. A superintendência que foi criada tem o objetivo de somar”, ressaltou a superintendente Vânia Cardoso.
Em abril deste ano, o Ministério da Infraestrutura anunciou que os recursos provenientes das indenizações da FCA, por devolução de trechos ferroviários – cerca de R$ 1,2 bilhão – poderão ser investidos nas obras para essa linha. Desde então, o Governo de Minas, por meio da Seinfra, está em contínuo diálogo com a União para garantir a operação.
Os estudos, tanto para a Linha 1, hoje existente, quanto para a Linha 2, já estão sendo contratados pelo governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A partir disso, ainda deverão ser definidos alguns arranjos jurídicos, como a transferência dos bens que compõem a Linha 2 para o Estado de Minas Gerais. A expectativa é conseguir viabilizar a concessão das linhas em estudo até o final da gestão.
23/11/2019 – Diário do Comércio