Três projetos relacionados a mobilidade sobre trilhos de São Paulo foram retirados do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento): uma parte da extensão da linha 2-Verde, do Metrô; a linha 13-Jade, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos); e a reforma ou adequação de 39 estações de cinco linhas, também da CPTM.
Sem verba federal, o início da extensão da linha 2-Verde foi suspenso por um ano em dezembro de 2015 e, agora, até dezembro deste ano.
O projeto prevê a extensão da linha 2 da Vila Prudente até a Dutra, cortando parte da zona leste. São 14,5 km de extensão e 13 estações, com previsão de atender a 1,5 milhão de passageiros por dia. A parte que estava no PAC – excluída em portaria publicada no “Diário Oficial da União” – era o trecho até a Vila Formosa.
Segundo o Ministério das Cidades, os projetos foram excluídos porque o “ente federado” – no caso, o Estado de São Paulo – não conseguiu “vencer as etapas necessárias para contratação”.
O Metrô, por sua vez, diz que apresentou à União todos os projetos para a expansão da linha 2-Verde “e aguardava a liberação de um financiamento de R$ 2,5 bilhões para iniciar as obras que já foram licitadas e contratadas”. Como o crédito não foi liberado, a companhia priorizou obras de linhas já em andamento.
CPTM
Dos dois projetos da CPTM retirados do PAC, um prossegue sem os recursos necessários: a reforma de estações da companhia em toda a Grande São Paulo.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a companhia está buscando outras fontes de recursos para levar as obras adiante. Algumas são adequações, e outras, modernizações dos pontos.
Excluída do PAC Mobilidade, a linha 13-Jade da CPTM, uma ligação sobre trilhos com o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), agora deve ficar pronta somente no ano que vem.
Em maio de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia afirmado que a linha 13-Jade ficaria pronta até a Copa, mas as obras só começaram no final de 2013, com previsão de entrega em 18 meses, ou seja, no primeiro semestre de 2015. Naquele ano, o Metro Jornal mostrou que o prazo havia sido prorrogado para 2017.
A linha terá 12,2 km de extensão, fazendo conexão com a linha 12-Safira na estação Engenheiro Goulart, zona leste, e duas novas estações, incluindo uma ao lado do aeroporto. Deve atender a 130 mil pessoas por dia.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos informou, em nota, que as obras estão sendo executadas com recursos financeiros obtidos junto à AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) e ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento). “O cancelamento dos recursos previstos no PAC não afetará essa obra”, diz.