A expansão da mobilidade urbana passa pela integração entre diferentes modalidades de transporte público, além de uma política de subsídios cruzados e de tarifação unificada dos serviços, segundo os participantes do Fórum de Infraestrutura de Transporte, organizado pela Folha.
Para cada modalidade de transporte público —metrô, monotrilho, ônibus, trem regional, entre outros— há uma aplicação específica, mas nem sempre o planejamento levou em conta aspectos técnicos, segundo Luis Valença, presidente da CCR Metrô Bahia.
“É fácil definir o transporte público quando a decisão é técnica; quando é política, as consequências de longo prazo são terríveis para a população. Há soluções de ônibus e de metrô que são mais rápidas e baratas em curto prazo, mas que não resolve o problema de médio e longo prazos”, disse Valença, que até o início do ano cuidou da linha 4-amarela do metrô de São Paulo.
“Para cada demanda, há uma solução apropriada. O VLT (Veículo Leve de Transporte), por exemplo, é ótimo para cidades médias, que já têm um trânsito pesado. E depois temos que pensar como integrar os diferentes modais entre si”, disse Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitano de São Paulo.
Marcos Bicalho, diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que representa as empresas de ônibus, defendeu a discussão de tarifas subsidiadas pelo poder público como forma de permitir aos operadores privados melhorarem a qualidade dos serviços prestados e a melhoria na infraestrutura de transporte.
“Tem que separar o que é custo do que é tarifa. A maioria das prefeituras acredita que a tarifa cobre todos os custos do transporte, o que não é necessariamente verdade”, disse.