O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) disse, em entrevista ao programa Bom Dia Mato Grosso desta quarta-feira (13), que o estudo sobre o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em relação ao que foi feito na implantação do projeto na Grande Cuiabá até agora e qual será o valor da tarifa deverá ser entregue até meados de março deste ano.
– Não coloco R$ 1 no VLT sem saber o que ocorreu aqui – disse o chefe do Poder Executivo estadual.
O impasse entre as empresas que compõem o Consórcio VLT, que alegam atrasos nos repasses e pedem mais dinheiro para a conclusão da obra, e o governo, que afirma que só vai retomar a obra após auditoria no que já foi executado, está na esfera judicial. E foi por causa de uma determinação da Justiça Federal que o estado contratou uma empresa para fazer uma consultoria a respeito do modal de transporte, no qual já foi gasto R$ 1,066 bilhão.
A construção está parada desde o final de 2014. O estudo deverá esclarecer, segundo Pedro Taques, o que foi feito na obra, qual o modelo de operação do VLT e quanto custará a passagem.
– No final de fevereiro, até meados de março, deveremos ter esse estudo. E aí vamos mostrá-lo à Assembleia Legislativa, à Câmara de Cuiabá e à de Várzea Grande, para que possamos decidir [o que vai ser feito] – declarou Taques na entrevista.
O governador disse ainda que tem a intenção de concluir a obra, até mesmo por causa do que já foi gasto nela.
– Eu não posso jogar fora R$ 1,066 bilhão que já foram gastos. Eu não posso pegar 40 vagões que estão parados em Várzea Grande e jogar fora”, afirmou. “Eu entendo que tem que terminar o VLT sim. Não podemos deixar essa cicatriz. Eu preciso colocar o dedo na ferida. O meu desejo é terminar o VLT – disse.
O VLT foi licitado por R$ 1,477 bilhão e deveria ter sido entregue a tempo da Copa do Mundo de 2014. O metrô de superfície deverá ser implantado em dois eixos: um do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, até o CPA (Centro Político Administrativo) da capital; o outro entre o Coxipó e o Centro, ambos em Cuiabá.