Quem passa pelas imediações da futura Estação Eucaliptos, da linha 5 Lilás do Metrô de São Paulo, na Avenida Ibirapuera, na zona Sul da Capital Paulista, vê diversos operários, tapumes, máquinas e interdições, como de uma das travessas, a Rua Luís Brandão, onde ficam os operários e o escritório de engenharia. Mas o Metrô garante que 99% da estação já estão concluídos e prevê que até o final do mês, mesmo que em operação parcial para testes de sistema e sem cobrança de tarifa, os trens já devem estar transportando passageiros.
Nesta terça-feira, 06 de fevereiro de 2018, a convite do Metrô, o Diário do Transporte esteve nas obras.
Já é possível ver as áreas ajardinadas do lado externo, vidros, escadas rolantes, elevadores, as placas indicando o nome da estação e os sentidos de cada plataforma, por exemplo, mas também é aparente a necessidade de acabamento em partes do mezanino, na passagem interna que dá acesso ao Shopping Ibirapuera, nas “colmeias de vidro” das áreas de respiro, no piso e no prédio de serviço técnico, que fica ao lado da área onde passam os passageiros.
Segundo o Metrô, entretanto, este “acabamento final” logo será concluído.
A maior pendência é em relação à sinalização de via, de responsabilidade da empresa Bombardier.
A sinalização proporciona segurança às operações, comunicação entre os trens, determina a distância entre composições, velocidade, controlando o funcionamento do sistema, entre outras funções.
Também por atraso de empresas contratadas pelo Metrô, a estação deve ser inaugurada sem as portas-plataforma, que evitam contato do passageiro com os trilhos.
O início das operações deve ser parcial, como ocorre com todas as estações, das 10h às 15h e sem cobrança de tarifa. Gradativamente, os horários devem ser ampliados até a operação comercial total das 4h40 à meia noite.
A estação Eucaliptos deve receber 17.780 passageiros por dia útil
A área construída da estação é de 9.325 metros quadrados. São dois mezaninos para o passageiro chegar até às duas plataformas (uma em cada sentido). O método construtivo é VCA – Vala a Céu Aberto, cuja área tem 2.600 metros quadrados.
As obras começaram em 2012 pelo Consórcio Helena & Fonseca – TIISA.
As estações da linha 5 Lilás possuem do lado externo da área de circulação de passageiros, edificações que vão abrigar geradores, equipamentos e a rede de cabeamento. Segundo o Metrô, edificação é necessária para facilitar a manutenção. O modelo das linhas mais antigas, sob as áreas de plataformas e circulação de passageiros tem acesso mais difícil, de acordo com técnicos da companhia.
O acesso para o shopping deve ser inaugurado juntamente com a entrada principal. Antes, a previsão era de que esta parte fosse concluída somente depois.
Mas pelo fato de toda a obra ter atrasado, agora a previsão é de que os dois acessos sejam abertos na mesma data.
Em 2017, o governador Geraldo Alckmin e o secretário de transportes metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, chegaram a anunciar a entrega da estação para o mês de novembro. A estação Eucaliptos deveria ser entregue no final do ano passado juntamente com as estações Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo.
Em dezembro, a gestão mudou as datas. A estação Eucaliptos deveria ser entregue em janeiro de 2018 e, Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo, no mês de fevereiro.
Agora, as datas são outras. A estação Eucaliptos deve ser entregue até o final deste mês de fevereiro.
Já as estações Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo agora estão previstas para até o final de março de 2018.
A abertura das estações Santa Cruz e Chácara Kablin, que vão permitir acesso às linhas 1-Azul e 2-Verde, respectivamente, só deve acontecer em abril de 2018.
As operações destas novas estações começam sob responsabilidade da Companhia do Metrô de São Paulo, mas serão assumidas pelo Consórcio ViaMobilidade (formado pela CCR, que tem participação majoritária na linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo e em outros empreendimentos ligados a transporte público e rodovias por todo o País e pela RuasInvest, ligado a empresas de ônibus da Capital Paulista).
O grupo venceu o leilão realizado pelo Metrô, sob muita polêmica e até greve dos metroviários, no dia 19 de janeiro.