A ONU Mulheres e a missão diplomática da Suécia inauguraram nesta terça-feira (15), em São Paulo, a exposição “Pais presentes: a paternidade ativa na Suécia e no Brasil”. Mostra fotográfica, instalada na estação Paraíso do metrô, aborda a divisão das tarefas entre o pai e a mãe na criação dos filhos. Iniciativa é do movimento ElesPorElas, das Nações Unidas, que busca trazer homens para a luta contra as disparidades entre eles e as mulheres.
A ONU Mulheres e a missão diplomática da Suécia inauguraram nesta terça-feira (15), em São Paulo, a exposição “Pais presentes: a paternidade ativa na Suécia e no Brasil”. Mostra fotográfica, instalada na estação Paraíso do metrô, aborda a igualdade de gênero na criação dos filhos. Iniciativa é do movimento ElesPorElas, das Nações Unidas, que busca trazer homens para a luta contra as disparidades entre eles e as mulheres.
Com a intervenção no metrô, a ONU e a representação do país nórdico esperam incentivar uma nova cultura de divisão das tarefas entre o pai e a mãe, além de fomentar políticas sobre o tema. A responsabilidade pela criação dos filhos é culturalmente atribuída às mulheres. Mas para as Nações Unidas e o governo sueco, é latente a necessidade de evoluir para uma visão mais justa de partilha, em que os cuidados com o lar e com a família sejam distribuídos igualitariamente.
No Brasil e em outros países, um número crescente de pais está começando a perceber o dever e as vantagens de participar mais da criação dos filhos. A ideia de que o pai é somente um provedor vem sendo cada vez mais questionada por homens que querem mudar estereótipos e se beneficiar de um papel mais ativo no desenvolvimento e crescimento das crianças.
Concurso de fotos deu origem à exposição
Em 1974, a Suécia substituiu a licença maternidade pela licença parental, sendo o primeiro país a ter um dos sistemas mais generosos do mundo. O regime sueco permite que os pais fiquem em casa com seus filhos por 480 dias, recebendo até 80% do salário, pago pelo Estado. A lei prevê ainda que 90 dias são reservados exclusivamente para o pai e 90 dias, para a mãe. O restante pode ser transferido livremente.
A iniciativa da ONU Mulheres no Brasil foi inspirada pelo trabalho “Pais Suecos”, uma exposição realizada pelo fotógrafo Johan Bävman. O ensaio explora como os pais da nação nórdica enxergam o papel do homem moderno, que se distancia das funções parentais tradicionais. A mostra também revela os efeitos positivos de um sistema de licença que possibilita a participação de todas e todos no início da vida dos filhos.
Em 2017, a agência das Nações Unidas e a missão sueca no Brasil lançaram o concurso de fotos #PaisBrasileiros, com o objetivo de levantar o debate sobre a paternidade no país sul-americano. A competição convocou homens brasileiros a compartilharem suas historias de como é ser pai no Brasil. Cada participante teve de enviar uma foto ilustrando uma situação cotidiana com os filhos.
Das imagens recebidas, 12 foram escolhidas para fazer parte da exposição inaugurada nesta semana em São Paulo. A autoria de todas as obras é das famílias.
No Brasil, o sistema de licença maternidade permite à mãe ficar em casa com o seu bebê por 120 dias. A licença paternidade, porém, garante que os pais permaneçam apenas cinco dias fora do trabalho. Em 2008, uma nova lei criou a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância. A medida autoriza que mães e pais que trabalham em uma das empresas do Programa Empresa Cidadã fiquem em casa por 180 e 20 dias, respectivamente. Contudo, a inciativa ainda inclui uma minoria de companhias brasileiras.