Serão pouco mais de 11 minutos de viagem entre o Leblon e a Barra da Tijuca. Para o Centro, o passageiro levará 22 minutos. Graças à Estação Jardim de Alah, construída sob a movimentada Avenida Ataulfo de Paiva e entregue nesta segunda-feira, 25/7, pelos secretários de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira, e da Casa Civil, Leonardo Espíndola, o chamado eixo olímpico da Linha 4 do Metrô está pronto e será inaugurado no próximo dia 30 de julho.
Quem usufruir desta estação perceberá que seus acessos têm estruturas metálicas com design moderno e padronizado, como as demais da Linha 4. Os vidros receberam tratamento especial com película antirresíduo, o que contribui para o conforto térmico, a visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno. A estação passou por estudo de cromatização e ficou bem colorida, com detalhes especiais nos acabamentos como, por exemplo, árvores de ferro recortado com móbiles que remetem a frutos e se movimentam, placas de cerâmica para revestir tubulações e cabeamento, guarda-corpo de vidro e corrimão de aço inoxidável nas escadas fixas, com leitura em Braille.
– As obras da Linha 4 já estão concluídas e seis trens circulam por todo o traçado, da Barra da Tijuca a Ipanema. O que estamos fazendo agora é um grande treinamento para os pilotos e demais funcionários do metrô, para que eles estejam 100% preparados para a abertura da operação comercial no dia 1º de agosto – disse o secretário.
Por dia, a previsão é de que 20 mil pessoas circulem pelo local. Jardim de Alah terá dois acessos: um na esquina das avenidas Borges de Medeiros com Ataulfo de Paiva e outro na própria Ataulfo de Paiva, próximo à Rua Almirante Pereira Guimarães. Ambos têm bicicletários para estimular, entre os usuários do metrô, a integração de modais. Ao todo, aliás, a Linha 4 oferecerá 300 vagas para as ‘magrelas’ nos acessos de passageiros de todas as suas estações.
Para relembrar
Foi nesta estação que o ‘Tatuzão’ chegou, em julho de 2015, em uma solução inédita para a engenharia brasileira, pelo método breakthrough submerso. À época, parte da estação foi preenchida com água para equilibrar a pressão do terreno e garantir que a máquina alemã continuasse operando em ambiente similar ao que estava sob o canal doJardim de Alah. Mundialmente empregada em obras de metrô, foi a primeira vez que a técnica foi utilizada no Brasil.
Linha 4 vai transportar 300 mil pessoas por dia
A Linha 4 do Metrô vai unir o Rio, integrar regiões e levar qualidade de vida a milhares de cidadãos. Esta é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro e vai transportar, de acordo com a demanda estimada, mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. O projeto representa a execução, de uma só vez, da mesma extensão de metrô subterrâneo construída nas últimas três décadas. Este é o maior legado em mobilidade que o Rio de Janeiro ganhará com os Jogos Olímpicos.