O governador João Doria atualizou nesta segunda-feira, 30 de novembro de 2020, a classificação das cidades no Plano São Paulo contra a Covid-19 e todo o Estado vai para a fase amarela.
Com isso, diversas atividades que estavam permitidas, voltam a passar por restrições, bem como os horários de funcionamento dos estabelecimentos que estarão autorizados a a abrir.
Por exemplo; bares, restaurantes e salões de beleza voltam a poder receber apenas 40% da capacidade e não mais 60% como era na fase verde
Eventos com o publico em pé voltam a ser proibidos.
Doria também diz que vai adotar medidas legais, acima das intervenções municipais, para cobater festas e aglomerações.
Segundo o Governo do Estado, houve avanço nos índices da Covid-19.
A medida foi anunciada um dia depois do segundo turno das eleições municipais, na qual diversos candidatos aliados de Doria disputavam, entre os quais Bruno Covas (PSDB) que iniciará a partir do ano que vem o segundo mandato. Bruno Covas era vice de Doria, mas em 2018 assumiu a prefeitura quando Doria deixou o comando do executivo municipal para ser candidato a governador, ganhando as eleições.
Como mostrou o Diário do Transporte, a atualização deveria ocorrer no último dia 16 de novembro, mas foi adiada para este dia 30 porque houve pane no sistema de registro do Ministério da Saúde dos indicadores da doença, o que poderia trazer dados distorcidos que poderiam levar a erro as decisões sobre as mudanças.
As atualizações que eram de mês em mês, passam a ser a cada sete dias.
A próxima classificação do plano será em 04 de janeiro.
Segundo Doria, a medida não vai impactar o cronograma de vota às aulas.
O Governo do Estado destacou principalmente o aumento no número de internações.
Em relação a lazer e cultura, como cinemas, teatros, museus e bibliotecas, a recomendação da fase amarela, podem funcionar somente com pessoas sentadas e distanciamento.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, se fossem analisados os municípios do Estado de São Paulo isoladamente, 62 cidades estariam em situação pior, na fase laranja, mas a classificação é regional.
Nesta terça-feira, 01º de dezembro de 2020, deve ser realizada uma reunião virtual com os prefeitos destes 62 municípios.
TRANSPORTES: OFERTA MAIOR QUE DEMANDA E FONTES EXTRA-TARIFÁRIAS:
Toda alteração no Plano São Paulo é acompanhada de perto pelo setor de transportes.
Nos casos de flexibilização maior há impactos diretos na demanda de passageiros de ônibus, trens e metrô, e também aumento no trânsito de veículos particulares.
Em relação ao transporte público, de acordo com os especialistas, o ideal é ampliar a oferta de ônibus e composições num percentual maior que o da demanda para evitar superlotação e risco maior de contágio. Ao mesmo tempo, tem sido um desafio manter os sistemas economicamente sustentáveis com uma oferta maior que a demanda, num cenário ideal de operação neste momento.
O consenso é que os sistemas de transportes não devem depender apenas das tarifas, mas obter formas de subsídios externos para a continuidade dos serviços.
DECRETO E FASES:
O Diário do Transporte mostrou no dia 29 de maio de 2020, a gestão João Doria publicou o decreto 64.994, em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado de São Paulo, com as regras para as mudanças de fases nas cidades.
A região metropolitana foi dividida em cinco sub-regiões, mas agora foi unificada.
Norte: Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairporã;
Leste: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Salesópolis, Santa Isabel, Suzano
Sudeste: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul;
Sudoeste: Cotia, Embu,Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista;
Oeste: Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba
São cinco fases. No decreto, a equipe de Doria também detalha quais as atividades permitidas em cada uma destas fases:
Fase 1 (Vermelha): Alerta Máximo – Fase de contaminação, com liberação apenas para serviços essenciais)
Na fase vermelha, ficam liberadas apenas as atividades consideradas essenciais
– Saúde: hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal.
– Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local.
– Bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive thru). Válido também para estabelecimentos em postos de combustíveis.
– Abastecimento: cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção.
– Logística: estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos automotores, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos.
– Serviços gerais: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais.
– Segurança: serviços de segurança pública e privada.
– Comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
– Construção civil, agronegócios e indústria: sem restrições.
Fase 2 (Laranja): Controle – Fase de atenção, com eventuais liberações.
Na fase laranja, shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade limitada a 20%, horário reduzido para quatro horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Fica proibida a abertura de bares e restaurantes para consumo local, salões de beleza e barbearias, academias de esportes em todas as modalidades e outras atividades que gerem aglomeração.
Fase 3 (Amarela): Flexibilização – Fase controlada, com maior liberação de atividades
Na fase amarela, shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade a limitada 40%, horário reduzido para seis horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Adiciona-se à lista salões e barbearias, além de bares e restaurantes que estarão liberados com restrições. O governo do Estado antecipou para esta fase as academias, parques e salões de beleza e barbearias.
Fase 4 (Verde): Abertura Parcial – Fase decrescente, com menores restrições
Na fase verde, fica liberado o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços, incluindo academias e praças de alimentação dos shoppings, desde que com capacidade limitada a 60% e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Ficam proibidos eventos que gerem aglomeração.
Fase 5 (Azul): Normal controlado – Fase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos de segurança e higiene.
Retomada da economia dentro do chamado “novo normal”
30/11/2020 – Diário do Transporte