Pedido já havia sido negado pelos deputados sob a alegação do tempo de mandato do atual governador Pedro Taques (PSDB), autor da solicitação, que não foi reeleito.
Os deputados estaduais de Mato Grosso rejeitaram o pedido de empréstimo de R$ 800 milhões do governo para a conclusão das obras do Veículo Leve sob Trilhos (VLT), prevista para a Copa do Mundo de 2014. A votação pela rejeição foi feita em sessão na quarta-feira (21).
Agora, com a rejeição, o pedido que já havia sido negado foi arquivado.
A decisão foi tomada sob a alegação do tempo de mandato do atual governador Pedro Taques (PSDB), autor do pedido, que não foi reeleito.
No pedido, Taques alegou que o dinheiro seria utilizado para a conclusão das obras e operacionalização do VLT, que estão paradas desde dezembro de 2014, em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
Inicialmente, o custo total da obra previsto era de R$ 1,4 bilhão, mas R$ 1 bilhão já foi gasto e só metade do projeto foi executado.
A obra ficou suspensa mesmo após o governo fechar um acordo com o consórcio VLT, responsável pelo projeto, em março do ano passado. O VLT e outras obras de mobilidade urbana deveriam ter sido concluídas a tempo da Copa do Mundo, em junho de 2014.
O contrato entre o estado e o consórcio de empresas responsável pelas obras do VLT foi rompido depois que uma Comissão de Processo Administrativo identificou irregularidades graves cometidas pelo Consórcio VLT, como o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
A rescisão contratual foi anunciada pelo governo em dezembro do ano passado.
Os principais motivos que levaram ao rompimento contratual foram levantados na Operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal, em agosto deste ano, para investigar fraudes em procedimentos licitatórios, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais que teriam ocorrido durante a escolha do modal do VLT e a execução da obra na capital mato-grossense.