O diretor do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, Luiz Milani, afirmou que as obras do modal de transporte poderão ser retomadas no segundo semestre deste ano, caso o Governo e o consórcio entrem em um acordo em relação ao cronograma físico-financeiro da obra.
“Entendemos que as obras vão ser retomadas neste ano. Precisamos chegar a um bom termo com Estado. Esse acordo vai ter que ser validado nos autos, existirá um tempo para que a antiga gerenciadora ou outra, valide os projetos e daí então a gente vai dar início às obras. Imagino que outubro seria uma data factível”, disse Milani.
A declaração foi dada na terça-feira (3), ocasião em que o diretor e demais representantes do consórcio foram ouvidos pela Frente Parlamentar em Prol da Retomada e Conclusão do VLT, da Assembleia Legislativa.
Na ocasião, Milani comentou sobre a reunião realizada com o Governo do Estado na última segunda-feira (2), para tratar sobre a continuidade do modal.
Entendemos que as obras vão ser retomadas neste ano. Imagino que outubro seria uma data factível
Ele afirmou que, ainda nesta semana, o consórcio irá encaminhar ao Estado “cenários” financeiros para retomada e conclusão da obra e, a partir de então, caberá ao Executivo escolher uma das “opções”, no sentido de dar prosseguimento aos trabalhos.
“Temos que ter em mente que estamos tratando de um empreendimento de alta complexidade, e é preciso definir com muita clareza todos os pontos pra se definir cronograma de execução e valor da obra”, explicou o advogado Aldair Trova, que representa o consórcio.
Custos e prazos
Aldair Trova, no entanto, preferiu não detalhar valores necessários à conclusão da obra, já que, segundo ele, essa definição dependerá do “cenário” escolhido pelo Governo.
“Na sexta-feira [6], apresentaremos alguns cenários ao Estado que, de acordo com suas condições, vai avaliar esses cenários e tomar a posição a respeito de qual lhe interessa. A partir daí, o consórcio terá condições de apresentar um orçamento definitivo para retomada e conclusão da obra”, disse.
Ele também preferiu não fixar um prazo para conclusão do modal e disse apenas que o cronograma apresentado pela auditoria realizada pela KPMG, de 19 meses para o término da obra, é um prazo factível.
“A conclusão dependerá das premissas adotadas. O relatório da KMPG fala em 19 meses. É possível, mas, para isso, depende das desapropriações estarem todas feitas, de o Estado equacionar a questão financeira, decidir se vai executar todos os três trechos de uma vez só ou se isso será feito em partes. Essas definições é que vão possibilitar responder o prazo efetivo de conclusão do empreendimento”, concluiu.