Evento aconteceu nesta terça-feira (02/04) e contou com a presença de um Cão de Serviço em treinamento
02/04/2024 – CPTM
O auditório Marco Antonio Moro, na Estação da Luz, recebeu na manhã desta terça-feira (02/04) o adestrador Leonardo Ogata, fundador do Instituto Cão Inclusão, para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O projeto tem como objetivo treinar cães para auxiliar pessoas com necessidades particulares, como diabéticos, cadeirantes e autistas. Os cães são adestrados individualmente de acordo com as tarefas que precisarão realizar, podendo aprender a abrir e fechar portas para cadeirantes, identificar com o olfato variações do índice glicêmico de pessoas diabéticas e impedir que uma criança autista fuja em locais abertos.
Fred, um labrador treinado pelo Instituto, estava presente para que os colaboradores pudessem ver de perto o comportamento de um Cão de Serviço. “O Fred é um cão preparado para auxiliar uma criança autista“, explicou Leonardo. “Esses cães podem interromper comportamentos agressivos durante crises e a fazer pressão corporal, especialmente durante as horas de sono da criança”, concluiu o adestrador.
O palestrante apresentou os diferentes grupos de Cães de Assistência: os Cães-Guia, muito conhecidos no Brasil e que ajudam pessoas com deficiência visual; os Cães-Ouvintes, que auxiliam pessoas com deficiência auditiva; e os Cães de Serviço, que auxiliam pessoas com outras necessidades.
Para treinar um Cão de Serviço o caminho é longo. O tempo de treinamento é de, em média, dois anos e dividido por etapas. A primeira delas acontece antes mesmo do cão nascer, que passa por uma seleção genética criteriosa e depois que nasce, passa por avaliações de aptidão e comportamento durante todo o tempo em que ainda está com sua mãe.
Escolhido o filhote, ele vai para a segunda etapa, que é com a Família Socializadora, responsável por socializar e treinar comandos de obediência em seu primeiro ano de vida. Na terceira etapa, o cão vai para a sede da Cão Inclusão e inicia o Treinamento Específico, onde aprende comandos específicos para se tornar um Cão de Serviço para Cadeirante ou para Criança Autista, esta etapa dura em média 6 a 8 meses.
Após todo este processo, o cão vai para a última etapa do treinamento, que é a formação da dupla, que dura em média dois meses e é onde o cão passa por treinos ainda mais específicos destinados à rotina da pessoa que irá assistir, que aprende a conviver com seu novo parceiro de vida.
A ação, organizada pelo Comitê de Responsabilidade Cidadã e Social da CPTM, foi idealizada para o público interno da companhia e reuniu funcionários com filhos autistas. “A roda de conversa foi importante para tirar dúvidas sobre os cães de assistência e melhorar a vida social, convivências e experiências das crianças com transtorno do espectro autista (TEA)”, explicou o coordenador do comitê, Rodrigo Assis.
Ações de Cidadania
Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.