Em junho deste ano, a manutenção preventiva da CBTU Recife, sob a coordenação de Diogo Santos, introduziu ao sistema de trabalho um equipamento muito utilizado mundialmente, o Miniproft. O instrumento tem como objetivo monitorar como está o perfil da roda dos trens e verificar se ele está dentro de uma condição operacional de segurança para poder rodar.
Dentro do processo de manutenção há certas divisões: manutenção corretiva (COMAC), preventiva (COMAP) e em oficinas (COOFI). O Miniproft foi um equipamento inicialmente adquirido pela COOF, porém, ao longo dos anos viu-se que a melhor utilização desta ferramenta seria pela COMAP. Isso porque, a manutenção preventiva dá jus ao seu sentido literal: prevenir, se encaixando perfeitamente com a funcionalidade do equipamento.
“Esse instrumento foi comprado mas passou um determinado tempo da história da empresa parado. Por mudanças de liderança e de pessoas da área se perdeu o histórico e a pessoa capacitada para realizar a sua utilização”, explica Diogo. Porém, esse ano, em virtude da necessidade de liberar mais trens e diminuir a quantidade de entrada dos mesmos para se fazer algum tipo de verificação de manutenção, a COOFI e a COMAP precisaram analisar quais possíveis ações poderiam ser tomadas para impactar diretamente a condição de melhor disponibilidade. A partir disso foi retomada a utilização do Miniproft.
O Miniproft mostra uma fotografia exata de como está a roda dos trens, a qual tem um determinado perfil padrão, mas que devido ao desgaste vai se modificando. E, através desse desenho de perfil da roda é possível identificar se ocorreu alguma anomalia não esperada. “O equipamento trouxe a confiabilidade que a gente precisa e, também, a economia de homem-horas trabalhadas, tempo do trem sem estar na operação, material e disponibilidade de equipamento”, afirma Davi Guerra, supervisor da equipe da manutenção preventiva.
A COMAP tem como função trazer o trem antes dele quebrar para realizar análises sobre quais itens estão pendentes, podem vir a quebrar ou necessitam de algum ajuste. Na área é realizado esse ajuste do que é necessário para, assim, o trem ser liberado. E, com o Miniproft na preventiva dá-se a possibilidade de fazer um acompanhamento da condição de degradação das rodas do trem, realizar uma análise da condição de parte da segurança desse componente e identificar se ocorreu algo inesperado e, a partir disso, executar algumas ações.
A operação conjunta, entre a preventiva e a oficina, com este equipamento teve início em junho. Desde então, está sendo realizado um histórico de análise que vai permitir, futuramente, a geração de um grande impacto financeiro devido ao controle de gastos executado. “Esse é um equipamento fundamental dentro de um sistema de ferrovia”, garante o analista da COOFI, Roberto Eugênio.
24/09/2021 – CBTU Recife