As obras de construção da expansão da Estação Ferroviária Central até o bairro de Jaraguá continuam atrasadas, desta vez devido às fortes chuvas que caíram no estado, mas agora em fase final. A previsão é de que as viagens até lá comecem a acontecer em setembro, segundo informou nesta quinta-feira (13) o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Marcelo Aguiar.
“Tivemos uma quadra chuvosa bem rigorosa e que afetou muito todo a cidade. Isso também atrasou as obras [da estação] de Jaraguá, que já era para estar em funcionamento. Mas já entramos em contato com a construtora responsável pela obra que nos garantiu que em setembro estará tudo pronto para operarmos”, afirma Aguiar.
Atualmente, 12 mil pessoas por dia são beneficiadas com o Veículo Leve sob Trilhos (VLT), com a ampliação da estação, a expectativa é atender a um maior número de pessoas.
Segundo o superintendente, as obras foram iniciadas em setembro do ano passado, orçada em R$ 3,4 milhões. Meses antes, uma reportagem do G1 já denunciava o atraso no início destas obras, que naquela época eram orçadas em R$ 1,4 milhão.
Lixo no meio do trilho
Também nesta manhã a CBTU começou a implantação de lixeiras no percurso do trilho dos trens. Marcelo Aguiar conta que todos os dias a empresa precisa fazer trabalho de retirada de lixo da via férrea para que os trens possam trafegar.
“É um absurdo a quantidade de lixo que retiramos. Isso danifica os trilhos, contamina as pedras. Além de dificultar a passagem do trem. Quando o volume de lixo é muito grande, o trem precisa interromper a viagem e retornar para estação. Isso compromete toda a nossa viagem”, afirma o superintendente.
Para impedir que a população jogue o lixo na via, a CBTU instalou nove lixeiras da Estação de Bebedouro até a comunidade Flexal. “Vamos fazer um trabalho educação com as crianças e a comunidade, para explicar os riscos do descarte irregular de lixo e dos problemas que eles causam aqui na linha férrea. Vamos distribuir panfletos e cartilhas”, afirma Aguiar.
Depredação
Além do lixo que diariamente é jogado na linha férrea, o superintendente da CBTU explicou ainda que quatro vidros são quebrados por dia, gerando prejuízo financeiro para a empresa.
“Os trens quando estão em movimento são alvo de vândalos. Hoje fizemos uma licitação para fazer troca de vidros que quebram dessa forma. E só de vidro foi R$ 600 mil. Um valor muito alto, visto que a passagem é de apenas R$ 0,50”, destaca o superintendente.