A carga tributária brasileira registrou um ligeiro aumento no ano passado e atingiu maior patamar desde 2010.
De acordo com levantamento feito pelo Tesouro Nacional, a carga tributária representou 33,17% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado.
O número é ligeiramente superior ao registrado em 2018, quando a carga tributária total do país ficou em 33,15%.
Pelos dados apresentados pelo Tesouro, a soma de impostos arrecadados pelos governos municipais foi de 2,27% do PIB; a do governo dos Estados, de 8,67% do PIB; e a do governo central, de 22,24% do PIB em 2019.
Na comparação com ano anterior, o governo federal foi o único a apresentar redução na carga tributária. Em 2018, a carga tributária do governo federal foi 22,42% do PIB; enquanto a dos governos municipais ficou em 2,19% do PIB, e a das administrações estaduais, em 8,52% do PIB.
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, ressaltou que a arrecadação do governo federal teve redução no ano passado. Isso ocorreu porque existem alguns pagamentos que não são computados para os cofres públicos, como é o caso das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Assim como em outras ocasiões, o secretário destacou que a carga tributária no país é elevada em relação a economias equivalentes.
“O Brasil tem carga tributária que é relativamente alta para nosso nível de desenvolvimento. Não existe carga tributária certa ou errada”, destacou. “Para nosso nível de desenvolvimento, o Brasil tem carga tributária próxima à da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico]”, frisou. A média na OCDE é de 34,3% do PIB.
Anualmente, com três meses de defasagem, o Tesouro Nacional estima a Carga Tributária Bruta brasileira (CTB) para o governo geral.
31/03/2020 – Valor Econômico