Os ministros que compõem o Banco de Desenvolvimento da América Latina, CAF, aprovaram, durante a CLXI reunião, nesta terça-feira (5), em Quito, no Equador, 10 projetos de financiamento para países da região. Para o Brasil, foi aprovado o “Programa para o Financiamento de Investimentos – Plano de Governo e Orçamento Participativo de Belo Horizonte”, em Minas Gerais, no valor de US$ 103,13 milhões.
O programa mineiro completa os 13 projetos priorizados no Plano Diretor de Mobilidade Urbana e Plano de Investimentos em Saúde que incluem obras de mobilidade, pavimentação de ruas e avenidas, revitalização urbana e obras para construção de unidades de saúde no município, em um período de quatro anos. O CAF financiará US$ 82,5 milhões, com garantia da União, e o restante virá de contrapartida local.
“Essas intervenções em BH foram eleitas pela população como prioridade para a cidade. São intervenções necessárias para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, explicou o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, aos integrantes do CAF, durante a reunião.
Segundo o ministro, nesta reunião, além da aprovação de projetos específicos como este de Belo Horizonte, também houve a aprovação do programa para 2018. “Serão US$ 12 bilhões, dos quais, 1,5 bilhão para o Brasil. Estes recursos serão destinados prioritariamente para saneamento e infraestrutura urbana”, acrescentou Oliveira.
Foto: Carla Simões – Ascom/MP
Nos últimos cinco anos (2012-2016), o CAF aprovou para o Brasil US$ 8,6 bilhões. Entre janeiro e setembro deste ano, o banco desembolsou US$ 2,3 bilhões. O Plano Estratégico do CAF 2015-2019 busca consolidar estratégias de expansão em territórios e setores e particularmente no desenvolvimento urbano inclusivo, com enfoque em Cidades com Futuro.
Para Dyogo Oliveira, o CAF é um dos mais importantes bancos de desenvolvimento da América Latina. “Os volumes de recursos desembolsados pelo CAF no Brasil já se aproximam dos volumes do BID e de Banco Mundial. Além disso, o CAF não tem sócios fora da região, exceto a Espanha. Com isso, há uma maior proximidade entre as políticas de crédito do CAF e as verdadeiras necessidades dos países da região”.