Cadastro de desaparecidos sobe 29,1% após divulgação no Metrô SP

Imagens das pessoas são exibidas nas telas colocadas dentro dos vagões

A campanha de exibição de imagens de pessoas desaparecidas nas TVs instaladas dentro dos vagões de linhas do Metrô fez aumentar 29,1% o cadastro da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB).

Segundo o investigador social Dako Hunter, que atua como diretor da Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos da secretaria, no dia 15 de março, quando o trabalho teve início, estavam cadastrados 2.204 nomes, número que subiu para os atuais 2.847, uma diferença de 643 novos cadastros em menos de um mês. Antes da divulgação pelo Metrô, eram recebidos, em média, de dois a três pedidos de localização de pessoas por dia.

“Essa conscientização e a informação para os familiares é muito importante”, afirmou.

Hunter explica que esse número não significa apenas o total de pessoas que sumiram no período, mas também daquelas que já haviam sumido e os parentes só ficaram sabendo agora, após a divulgação do serviço. “Por dia são cerca de 20 pessoas desaparecidas na capital”, disse.

A parceria, iniciada no dia 15 março nas 55 estações das linhas azul, verde e vermelha, por onde circulam cerca de 4 milhões de pessoas por dia, agora foi reforçada para as 27 estações das linhas 4-amarela e 5-lilás. Assim como já ocorre no sistema de TV das outras linhas, serão exibidas imagens da pessoa desaparecida e suas descrições. A cada semana será exibido um vídeo com três novos alertas de desaparecidos.

Em 2020 a divisão localizou 62 pessoas que estavam desaparecidas.

Além de SP

A divulgação na mídia que veio a reboque da iniciativa da exibição das imagens no Metrô atravessou fronteiras e alcançou até outros estados, como Minas Gerais, Bahia e Paraná. “Cada vez que a mídia repercute, mais o serviço se torna conhecido e ajuda ainda mais o nosso trabalho”, afirma Hunter.

Atualmente ele realiza o trabalho com outros dois servidores da secretaria municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Além deles, o grupo também conta com o apoio do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

Segundo Darko, diferentemente do que muitos podem pensar, não é necessário esperar 24 horas para registrar um boletim de ocorrência de uma pessoa desaparecida. “Assim que um familiar ou conhecido perceber algo fora da rotina, não deve esperar muito tempo”, disse.
Como funciona

Antes de fazer o cadastro na Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos é necessário registrar um boletim de ocorrência numa delegacia da Polícia Civil. Também é possível fazer o boletim de ocorrência pela internet.

Após o registro, é necessário enviar um e-mail com fotografia recente da pessoa desaparecida para pessoasdesaparecidas@ssp.sp.gov.br para facilitar a investigação.

Se a pessoa foi localizada, é necessário comunicar a delegacia de polícia a respeito.

A Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos auxilia no trabalho de localização, mas não realiza investigações. Ela pode ser contatada pelo whatsapp (11) 97549-9770 ou pelo e-mail: desaparecidos@prefeitura.sp.br.

O órgão mantém um posto avançado com atendimento presencial. O endereço é rua Mauá, 36, na região da Luz. O atendimento no posto é feito de 2ª a 6ª feiras, das das 9h às 17h.

É possível entrar em contato com a Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos pelo whatsapp (11) 97549-9770 ou pelo e-mail: desaparecidos@prefeitura.sp.br.

O órgão mantém um posto avançado com atendimento presencial. O endereço é rua Mauá, 36, na região da Luz. O atendimento no posto é feito de 2ª a 6ª feiras, das das 9h às 17h.

10/04/2021 – Agora São Paulo