Desde março de 2020 em queda, a demanda por imóveis próximos ao metrô ou trem aponta o primeiro sinal de retomada na capital paulista, de acordo com levantamento inédito do QuintoAndar. Segundo o relatório, outubro registrou aumento de 13% nas buscas por imóveis próximos ao transporte público em relação a junho de 2021, mês que marcou o mais baixo patamar da série histórica.
Apesar do crescimento, a procura por este perfil de imóvel ainda está 18% abaixo do registrado em março de 2020, antes do surgimento da pandemia no Brasil. O levantamento do QuintoAndar é feito a partir dos milhares de acessos na plataforma que usam o filtro ‘Próximo ao Trem/Metrô’, para buscarem seu imóvel ideal.
No Rio de Janeiro, a demanda por esse perfil de imóvel também aumentou, porém com menos força. Na cidade maravilhosa, outubro registrou alta de 8% em relação ao período de maior baixa, em abril de 2021. Nesse caso, o índice atual ainda representa 20% menos das buscas registradas antes da crise sanitária.
“Com o fortalecimento da vacinação, é possível que este percentual continue a crescer nos próximos meses, já que muitas pessoas estão saindo mais de casa e voltando à rotina de trabalho presencial, ainda que híbrido. Apesar do crescimento, ainda não é possível afirmar que a demanda voltará ao patamar pré-pandemia, já que muitas variáveis ainda estão em curso, como a retomada econômica e o aquecimento da oferta de empregos”, afirma a economista do QuintoAndar, Monise Faria.
Recentemente, uma pesquisa realizada pela companhia de coworking WeWork com a consultoria workplace Intelligence apontou que o trabalho híbrido pode ganhar força. Segundo o levantamento, 53% dos funcionários desejam trabalhar três ou mais dias em casa por semana.
Mudança de comportamento
Apesar da retomada, uma pesquisa feita pelo QuintoAndar em junho deste ano mostrou que ficar mais próximo do trabalho não é mais uma prioridade na hora de se mudar, para a maioria dos brasileiros consultados.
Fatores como economia, mais espaço e tranquilidade são mais importantes.
O levantamento aponta queda de 42% na importância que uma casa próxima ao trabalho tem para a decisão de para onde se mudar. Já economia e tranquilidade ganharam 13% e 7%, respectivamente, em relevância.
03/12/2021 – Valor Investe