Quando mais três estações foram inauguradas na linha 5 lilás do Metrô (Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin) as vendas de bilhetes de papel com tarja magnética e a comercialização de créditos do Bilhete Único serão terceirizadas.
A previsão é que estas estações sejam abertas em julho.
A informação foi confirmada pela própria Companhia do Metrô após solicitação do Diário do Transporte
O processo de seleção da empresa prestadora de serviços de bilhetagem ocorreu em dezembro do ano passado por meio de pregão eletrônico.
A empresa selecionada foi a Liderança Serviços, num contrato de R$ 35,5 milhões.
A operação da linha 5 Lilás será concedida à iniciativa privada juntamente com a linha 17-Ouro do monotrilho.
O leilão na Bolsa de Valores de São Paulo deve ser realizado no dia 4 de julho.
O lance mínimo é R$ 189,6 milhões e a expectativa é de R$ 3 bilhões de investimentos e reinvestimento. O investidor privado, no entanto, vai investir em melhorias, R$ 88 milhões.
O valor estimado do contrato de operação das linhas é de R$ 10,8 bilhões, que corresponde à soma das receitas tarifárias de remuneração e de receitas não operacionais, como exploração comercial de espaços livres nas estações, por exemplo.
A concessão da operação dos trens e estações é diferente desta contratação para operação das bilheterias. São contratos distintos.
O Sindicato dos Metroviários, no seu site, classificou o pregão como ilegal e disse que utilizará recursos jurídicos para barrar o início dos serviços.
De forma sorrateira, sem qualquer tipo de divulgação, o Metrô realizou um pregão no dia 28/12/2016 para terceirizar as bilheterias de todo o Metrô. Todo o processo de entrega foi finalizado em 16/2/17. O pregão foi realizado de forma ilegal, pois trata-se de atividade essencial dos metroviários. A assembleia de 11/4 rejeitou a terceirização das bilheterias e aprovou um plano de lutas: …. Utilizar todos os procedimentos jurídicos para barrar a terceirização
Em nota, o Metrô afirma que não haverá dispensa de funcionários, que serão aproveitados em atividades em outras linhas do sistema que não se limitam a venda de bilhetes. Ainda de acordo com a companhia, trata-se do mesmo modelo que já ocorre na linha 4-Amarela, operada desde a inauguração pela iniciativa privada.
A Linha 5-Lilás será operada por concessão, cujo edital já foi publicado e o certame acontece em julho deste ano. Os funcionários do Metrô que hoje vendem bilhetes nas estações em operação na Linha 5 serão integralmente aproveitados nas demais linhas do sistema, para melhor aproveitamento desse efetivo nas demais funções do cargo que ocupam, de Operador de Transporte Metropolitano, que não se limita à venda de bilhetes.
Os postos de serviço de venda de bilhetes das estações da Linha 5-Lilás passarão a ser operados por meio de um contrato de prestação de serviço, a partir da inauguração das três novas estações previstas para julho deste ano (Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin). O modelo será o já adotado em toda Linha-4 Amarela, desde sua inauguração.
O Metrô também acrescentou que não haverá na prática custos para a companhia, já que o valor da contratação será compensado pela comissão que empresa Liderança vai repassar pelas vendas dos créditos de Bilhete Único.
O contrato celebrado permite que a empresa Liderança Serviços implante e opere postos de serviço de vendas de créditos do Bilhete Único, cartões de passagem e bilhetes tipo Edmonson. A venda de viagens por esse modelo segue o formato adotado para linhas concedidas à iniciativa privada. Este novo processo se inicia na Linha 5-Lilás, que futuramente será concedida para operação por ente privado. O modelo não acarretará custo para a Companhia do Metrô, pois a comissão resultante da venda de créditos do Bilhete Único, a qual o Metrô faz jus, é suficiente para fazer frente ao custo de contratação da empresa.